O sonho do Liverpool continua vivo e o do Arsenal está a desfazer-se

Triunfo pela margem mínima no terreno do West Ham repõe vantagem de dois pontos sobre o Chelsea.

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Carl Court/AFP

Durante 19 das primeiras 24 jornadas, o Arsenal foi líder da Premier League e pensava que seria desta que voltaria aos títulos, uma década depois. Mas esse sonho foi-se desfazendo com o avançar do campeonato, ao ponto de estar em risco a qualificação para a Liga dos Campeões (algo que sempre alcançou com Arsène Wenger), um risco ainda mais evidente depois da derrota deste domingo dos “gunners” por 3-0, em Goodison Park, frente ao Everton. Pelo contrário, o sonho do Liverpool em ser campeão, que já não é realidade desde 1990, continua bem vivo após o triunfo no campo do West Ham, por 2-1. A “red machine” de Brendan Rodgers está a carburar e lidera a Premier League, com dois pontos de vantagem sobre o Chelsea (que tem o mesmo número de jogos) e quatro sobre o Manchester City (que tem menos dois).

Os jogos deste domingo da jornada 33 foram um cruzamento de clubes de duas cidades. O londrino Arsenal foi a Liverpool para defrontar o Everton, o Liverpool fez a viagem em sentido inverso para encontrar os “hammers”. Em Goodison Park, o Arsenal esperava recuperar algum moral e tranquilidade classificativa, mas o que encontrou foi um Everton de ambição superior. Os “toffees” colocaram-se na frente logo aos 14’, com um golo de Steven Naismith, numa recarga após Szczesny ter desviado um primeiro remate de Lukaku. O avançado belga emprestado pelo Chelsea fez o 2-0, aos 34’.

Foi o 13.º golo de Lukaku no campeonato e se José Mourinho está à procura de um avançado goleador para a próxima época, pode começar por olhar para este belga de apenas 20 anos, que só tem menos um golo marcado que o seu compatriota Eden Hazard, o melhor marcador do Chelsea. O golpe de misericórdia aconteceu aos 61’, com um autogolo de um ex-jogador do Everton, Mikel Arteta, confirmando a debilidade do Arsenal na hora de jogar em casa dos seus adversários directos. Nos jogos em casa de Manchester City, Chelsea, Liverpool e Everton, o Arsenal perdeu os quatro encontros, sofrendo, no total, 20 golos, e, agora, só tem mais um ponto que o Everton, que tem menos um jogo.

Em Londres, o Liverpool teve de sofrer para continuar a ser feliz e só lá chegou graças à frieza do seu capitão, Steven Gerrard, na hora de marcar penáltis. Aos 44’, transformou uma grande penalidade no 1-0 para o Liverpool (por mão na área) e, no minuto seguinte, Guy Demel repôs a igualdade com que se atingiu o intervalo, um golo polémico já que Andy Carroll fez falta sobre o guarda-redes Mignolet. A vitória veio de mais um penálti de Gerrard aos 71’, elevando para 10 o número de castigos máximos convertidos na temporada (falhou apenas um) e para 13 o total de golos no campeonato.

Em Itália, a AS Roma continua a não desarmar na perseguição à Juventus. A formação romana foi ao terreno do Cagliari vencer por 3-1 (a sua sexta vitória consecutiva) e reduziu para cinco pontos a diferença que a separa da “Juve”, que lidera, com 81 pontos, e que defronta hoje, em casa, o Livorno. Matias Destro foi a grande figura da partida, ao apontar os três golos da Roma, aos 32’, 56’ e 73’, enquanto o único golo da equipa da casa foi marcado, de penálti, pelo antigo avançado do Sporting Maurício Pinilla, já perto do final do jogo (89’).

Em Espanha, o Sevilha, adversário do FC Porto na Liga Europa, venceu facilmente o Espanyol por 4-1, num jogo que teve quatro portugueses em campo (Beto e Diogo Figueiras pelos andaluzes, Simão e Pizzi pelos catalães), e aproximou-se do Athletic Bilbau, que está em quarto e joga hoje com o Levante. Na Liga holandesa, o AZ, adversário do Benfica, não conseguiu melhor que um empate (1-1) no terreno do Roda, último classificado.

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