Pela quarta vez nos últimos 10 anos, a Liga Europa é do Sevilha

Repetindo o feito da temporada passada, a formação espanhola voltou a conquistar a prova. Carlos Bacca foi a figura dos andaluzes, com dois golos.

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Reuters

Os nomes dos protagonistas da final da Liga Europa 2014-15 estavam longe de ser os mais atractivos, mas quem prescindiu de assistir ao duelo entre Dnipro e Sevilha, disputado em Varsóvia, perdeu uma das mais interessantes finais da competição dos últimos anos. Ucranianos e espanhóis protagonizaram uma primeira parte frenética, com futebol de ataque e quatro golos, mas o atrevimento do outsider Dnipro foi travado pelo Sevilha na segunda parte. Com um golo de Carlos Bacca, aos 73’, a equipa andaluza confirmou o favoritismo (3-2)e garantiu pela quarta vez na última década a conquista da Liga Europa.


Um ano e duas semanas depois de derrotar o Benfica, em Turim, no desempate pela marcação de grandes penalidades, o Sevilha não deixou fugir a segunda competição de clubes da UEFA. Unai Emery apostou num “onze” em que havia cinco repetentes em relação à final da temporada passada — Reyes, Carriço, Mbia, Vitolo e Bacca —, mas desta vez a estratégia do treinador basco foi diferente da apresentada contra os benfiquistas.

Com uma postura autoritária, o Sevilha entrou forte e foram precisos apenas 64 segundos para Bacca deixar o primeiro aviso. Cinco minutos depois, Reyes reclamou uma grande penalidade, mas na resposta, em contra-ataque, foram os ucranianos que marcaram: Matheus fez um cruzamento perfeito e o croata Kalinic, de cabeça, inaugurou o marcador.

Depois de defrontar para o campeonato, em apenas uma semana, as duas equipas que lhe fazem sombra na Ucrânia — derrota com o Dínamo Kiev (0-1) e vitória frente ao Shakhtar (3-2) —, o Dnipro não podia desejar melhor arranque, mas o Sevilha não se deixou afectar pela desvantagem. Com Reyes a assumir papel de destaque na construção do jogo ofensivo, a formação da Andaluzia esteve perto do golo aos 20’ (Reyes) e 24’ (Krychowiak) e, sem surpresa, o empate acabou por surgir: quatro minutos depois de ameaçar, o polaco Krychowiak venceu o duelo com Boyko e restabeleceu a igualdade. E o Dnipro nem tempo teve para esboçar uma resposta. Apenas três minutos depois, uma magistral assistência de Reyes colocou Bacca na cara de Boyko e o colombiano, após fintar o guarda-redes ucraniano, fez o 2-1.

O jogo estava aberto e as oportunidades surgiam de ambos os lados: aos 37’, Konoplyanka apareceu pela primeira vez no jogo, mas Rico impediu o golo da estrela dos ucranianos; aos 42’, após um contra-ataque, Vidal teve nos pés o 3-1, mas o remate do defesa saiu por cima. Dois minutos depois, houve mesmo golo. Na marcação de um livre directo, Ruslan Rotan colocou as duas equipas empatadas (2-2).

A segunda parte foi diferente. Tal como nos primeiros 45 minutos, o Sevilha continuou a ter mais posse de bola e a rematar mais, mas Unai Emery corrigiu as lacunas defensivas exibidas na primeira parte e o Dnipro perdeu protagonismo defensivo. De forma paciente, os sevilhanos foram empurrando os ucranianos para dentro da grande área e, depois de criarem dois lances de perigo, aos 64’ e 67’, chegaram mesmo ao golo da vitória: Vitolo isolou Bacca e o colombiano, com classe, colocou justiça no marcador.

A partida ficaria ainda marcada por um susto perto do final, quando Matheus caiu inanimado no relvado, mas o atacante que jogou em Portugal já tinha recuperado a consciência quando abandonou o terreno.

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