Sporting perde 13 pontos em dez jogos e está cada vez mais longe do topo

Paços de Ferreira dominou primeira parte em Alvalade e chegou à vantagem. “Leões” só justificaram um melhor resultado na segunda metade, mas não foram além do empate com um grande golo de Montero

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O Paços de Ferreira empatou o Sporting em Alvalade José manuel Ribeiro/AFP

Ainda não foi desta que o Sporting encontrou o antídoto para travar equipas orientadas por Paulo Fonseca. Depois de três derrotas nas últimas duas temporadas, o empate a uma bola de ontem teve um sabor igualmente amargo e deixou os “leões” a oito pontos do topo da classificação. No total são já 13 os pontos perdidos pelos lisboetas esta época e as contas para o título estão cada vez mais complicadas.

Em Alvalade, o Sporting apresentou uma síntese perfeita das duas anteriores partidas. Na primeira parte, foi uma equipa amorfa, sem agressividade nem imaginação, a lembrar o encontro com o Vitória, em Guimarães, há uma semana, que valeu uma derrota por 3-0; na segunda metade, exibiu a versão de gala da Champions, que a meio da semana goleou em casa os alemães do Schalke, por 4-2, com um futebol envolvente e pressionante.

A verdade é que os “leões” tardam a reencontrar-se neste regresso à Liga, após as emoções fortes da UEFA, e o Paços aproveitou os primeiros 45’ para impor a sua estratégia: solidez defensiva, boa circulação de bola e pressão imediata sempre que a perdia, com ocasionais tentativas de passes de ruptura para surpreender o adversário.

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A fórmula deu resultados aos 32’, quando uma abertura de Minhoca para as costas de Naby Sarr, deixou Hurtado sozinho à frente de Rui Patrício, com o peruano a inaugurar o marcador. Foi o primeiro lance de golo do encontro. A desvantagem não mudou a apatia dos homens da casa, que só reagiram aos 36’ num remate de Jefferson travado por Rafael Defendi.

A revolução “leonina” chegaria após o intervalo e com dois novos protagonistas. Entrou Carlos Mané (lugar de Carrillo) e Montero (William) e tudo mudou. O português começou imediatamente a mexer com o corredor direito, mas seria a arte do colombiano a empolgar verdadeiramente as bancadas, com um grande golo, aos 49’, após um violento remate a cerca de 40 metros da baliza pacense.

A pressão sportinguista foi-se tornando mais asfixiante, especialmente após a expulsão de Sérgio Oliveira, aos 74’, por acumulação de amarelos. Aos 86’ ainda se gritou golo em Alvalade, quando Montero voltou a bater Defendi, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo de Slimani, que se fez ao lance. No final, ficou a sensação de que os “leões” desaproveitaram os primeiros 45’ e os segundos acabaram por ser curtos para mais do que o empate.     

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