Ordem de tribunal interrompe jogo da Portuguesa aos 17 minutos

Ainda está longe de terminar o polémico episódio da despromoção do clube paulista.

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Argel, treinador da Portuguesa dos Desportos DR

É mais um capítulo do longo e polémico caso que envolve a despromoção administrativa da Portuguesa dos Desportos à Série B do campeonato brasileiro. Nesta sexta-feira, o jogo entre a Portuguesa e o Joinville, a contar para a primeira jornada, foi interrompido aos 17 minutos por ordem do tribunal da 3.ª Vara Cível da Penha, em São Paulo, para impor a decisão judicial de devolver à “Lusa” os quatro pontos retirados na última época devido à utilização irregular de um jogador e que acabariam por provocar a despromoção.

Na última quinta-feira, o tribunal confirmou a decisão de manter a Portuguesa na Série A do Brasileirão. Ainda assim, a comitiva da Portuguesa viajou até Santa Catarina para defrontar o Joinville e o presidente Ilídio Lico deu ordem para a equipa treinada por Argélico Fucks (Argel), antigo jogador do Benfica e do FC Porto, entrar em campo e desrespeitar a ordem judicial por temer represálias da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), provocando a demissão do seu vice-presidente para a área jurídica.

Quando o jogo já decorria, o tribunal fez chegar a ordem judicial ao campo e Argel mandou a equipa sair do relvado, tendo sido, no entanto aconselhado pela equipa de arbitragem a continuar no jogo, por orientação da CBF. A incerteza quanto à retoma do jogo durou cerca de meia-hora, ao fim da qual a Portuguesa informou que não iria regressar ao relvado. “É uma decisão do presidente. Eu, como funcionário do clube, tenho de acatar”, limitou-se a dizer Argel.

A CBF, entretanto, já reagiu a mais esta polémica. Em comunicado, o organismo reiterou a validade da sua decisão em despromover a Portuguesa, uma decisão que manteve o Fluminense na primeira divisão, e diz que o clube paulista irá sofrer consequências, sendo que a pena prevista é uma derrota por 3-0 atribuída ao clube infractor. “A Portuguesa, apesar de advertida pelo árbitro da partida que deveria ter dado continuidade ao jogo, optou por não prosseguir disputando a partida, o que configura em abandono do jogo”, disse a CBF em comunicado.

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