O regresso à Andaluzia não correu bem a Villas-Boas

Sevilha derrota Zenit em casa no jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa. Wolfsburgo goleado na Alemanha pelo Nápoles.

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Denis Suarez marcou o golo do triunfo do Sevilha sobre o Zenit Marcelo del Pozo/Reuters

André Villas-Boas sabe o que é ganhar na Europa. Em 2010-11, a sua primeira (e única) temporada como treinador do FC Porto, o antigo adjunto de Mourinho venceu o Sporting de Braga numa final totalmente portuguesa, em Dublin. Esse sucesso passou por uma eliminatória com o Sevilha (16-avos-de-final), que teve um triunfo portista na Andaluzia por 2-1 suficiente para aguentar uma derrota por 1-0 no Dragão. Pouco mais de quatro anos depois, Villas-Boas regressou ao Ramón Sánchez Pizjuán mas não voltou a ser feliz. Frente ao actual detentor do troféu, o "seu" Zenit de São Petersburgo perdeu por 2-1 no jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa, mas continua na luta por um lugar nas meias-finais.

Estavam frente-a-frente dois treinadores que já provaram glória europeia, Villas-Boas pelo FC Porto e Unay Emery como o técnico que levou o Sevilha ao triunfo na final de 2014, em Turim, frente ao Benfica. Nos “onzes”, apenas um português em campo, o central Luís Neto na equipa russa, que sofria com várias ausências de peso, entre elas o português Danny e o brasileiro Hulk, ambos a cumprirem castigo. Diogo Figueiras ainda esteve no banco da equipa andaluza, enquanto Beto e Daniel Carriço ficaram de fora por problemas físicos.

O primeiro golo do jogo surgiu ainda na primeira parte. Aos 29’, Aleksandr Ryazantsev apareceu na área sevilhista, fez um primeiro remate com o pé direito que o guarda-redes Rico defendeu, mas, na recarga com o pé esquerdo, o internacional russo fez o golo que deu uma vantagem temporária ao Zenit, que foi adversário do Benfica na fase de grupos da Liga dos Campeões e que quer repetir o seu êxito de 2008 na Taça UEFA.

O Sevilha reagiu bem e fez por justificar o triunfo que só surgiu no segundo tempo. Aos 72’, Vidal fez o cruzamento e o colombiano Carlos Bacca cabeceou para o fundo das redes russas. Na recta final do jogo, aos 88’, Denis Suarez concretizou a reviravolta e deu a vitória à equipa espanhola (que tem o incrível registo de três vitórias em três finais jogadas), mas por números que não serão fáceis de defender frente a um Zenit que, na próxima quinta-feira, em São Petersburgo, já terá a equipa mais composta.

Nova tragédia alemã

Depois do colapso do Bayern Munique no Dragão frente ao FC Porto, o Wolfsburgo também caiu com estrondo na Liga Europa, derrotado em casa pelo Nápoles por 4-1. Considerado um dos principais favoritos à conquista do troféu, o segundo classificado da Bundesliga nunca conseguiu responder à vantagem madrugadora dos italianos e acabou goleado, com dois golos de Marek Hamsik, um de Gonzalo Higuaín e um de Manolo Gabbiadini.

Esta foi mais uma prova de que as equipas de Rafa Benítez, mesmo que não funcionem em competições internas, fazem sempre grandes campanhas internacionais – o técnico espanhol já tem no currículo uma Liga dos Campeões pelo Liverpool, uma Taça UEFA pelo Valência, um Mundial de clubes pelo Inter e uma Liga Europa pelo Chelsea.

Pelos números com que aconteceu, o triunfo napolitano sobre os “carrascos” do Sporting nos 16-avos-de-final acabou por ser indiscutível, mas começou de forma polémica. Higuaín estava em fora-de-jogo e dominou a bola com o braço quando, aos 15’, fez o primeiro golo.

O Wolfsburgo não conseguiu responder e o resultado foi aumentando de forma surpreendente. Marek Hamsik fez o 2-0 aos 23’ e 0 3-0 aos 64’, com Gabbiadini a fazer o 4-0 aos 77’. A formação alemã ainda conseguiu reduzir, por Bendtner aos 80’, mas terá uma missão quase impossível na próxima semana no San Paolo.

Na Ucrânia, Dínamo de Kiev, que foi adversário do Rio Ave na fase de grupos, e Fiorentina empataram (1-1). Jeremain Lens, com um grande remate de fora da área, colocou os ucranianos na frente aos 36’ com um grande remate de fora da área, mas a equipa de Florença acabou por empatar em cima dos 90’, por Babacar.

Também um empate, mas sem golos, aconteceu na Bélgica entre o Club Brugge e o Dnipro, com o português Bruno Gama a entrar aos 80’ na formação ucraniana.

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