O Euro 2020 vai realizar-se em vários países

A ideia, lançada por Michel Platini, foi aprovada na reunião do Comité Executivo da UEFA.

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E agora, para algo completamente diferente: uma ideia de Platini Fabrice Coffrini/AFP

Uma competição de futebol espalhada por várias cidades europeias? A ideia foi lançada pelo presidente da UEFA, Michel Platini, no final do Euro 2012 – prova organizada conjuntamente pela Polónia e Ucrânia.

Poucos meses depois dessa declaração, que surpreendeu o mundo do futebol, o conceito foi aprovado na reunião do Comité Executivo da UEFA, em Lausana. E a experiência já tem data marcada: 2020.

O próximo Campeonato Europeu realiza-se em 2016 e será organizado pela França. Para 2020, então, ficará o Euro tal como Platini o idealizou. Espalhado por várias cidades da Europa.

Dos 16 elementos do Comité Executivo da UEFA, apenas um votou contra a ideia: o turco Senes Erzik, cujo país era candidato a organizar o Euro 2020.

“Em vez de fazermos a festa só num país, vamos ter uma grande festa em toda a Europa. Vai ser uma festa a multiplicar por vários locais”, explicou o secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino. “Temos na Europa algumas das cidades mais bonitas, e vai ser uma grande festa”, acrescentou o dirigente.

Infantino admitiu a possibilidade de os grupos do Euro 2020 serem organizados por área geográfica (norte, sul, oeste, leste): “Se os grupos vão ter de ser jogados em cidades de países diferentes, idealmente que não poderão ser muito distantes”, sublinhou.

Em Junho, Platini tinha questionado: “Porquê obrigar um ou dois países a construir dez estádios novos, dois aeroportos, etc.? Assim, haverá um estádio por país, por cidade, em toda a Europa. Será mais simples e mais barato.”

E, confrontado com os custos de deslocação das equipas pelo continente, o presidente da UEFA apresentou uma solução: “Há companhias low-cost. Será menos caro viajar assim do que ir de Kiev a Kharkiv ou de Londres a Donetsk”. Em 2020 se verá se dá resultado.
 
A Federação Portuguesa de Futebol já manifestou, entretanto, apoio a este projecto, pela voz do seu presidente. "Só temos de nos congratular com a ideia. Neste período de grandes dificuldades financeiras, não há dúvida que esta ideia, aproveitando um conjunto de infraestruturas já desenvolvidas, parece-nos bem-vinda e com óptimo acolhimento", sublinhou Fernando Gomes.

Sobre a possibilidade de Portugal vir a ser incluído no roteiro de 2020, o dirigente federativo mostrou-se moderadamente confiante. "Esta decisão dá a Portugal a oportunidade de acolher numa ou outra cidade, num ou outro estádio construído para o Euro 2004,  jogos do Euro 2020", salientou, acreditando que "a UEFA reconhece à FPF capacidade de organização de eventos". "Foi nesse sentido que decidiu atribuir a final da Champions League de 2014, que será disputada no Estádio da Luz".

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