O dia em que o Sporting volta a ser uma equipa de Champions

"Leões" defrontam nesta quarta-feira o Maribor, na Eslóvenia, em jogo que marca o seu regresso à Liga dos Campeões cinco anos depois.

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Nani é uma das principais figuras do Sporting neste regresso à Liga dos Campeões JURE MAKOVEC/AFP

A última experiência do Sporting na Liga dos Campeões foi traumática. Em 2009, os “leões” foram a Munique sofrer a pior derrota da sua história europeia, vergados pelo Bayern por 7-1 no jogo da segunda mão dos oitavos-de-final, depois de já terem perdido em Alvalade por 5-0. Hoje, cinco anos depois, o Sporting volta a estar na maior competição de clubes do futebol europeu defrontando o Maribor, campeão da Eslovénia, em jogo da primeira jornada do Grupo G. Mesmo se tratando do adversário de um agrupamento onde estão ainda Chelsea e Schalke 04, Marco Silva deixa o aviso: o Sporting não é favorito porque na Champions não há equipas fáceis.

“Sinceramente, não vejo aqui grande favoritismo. Temos de respeitar o Maribor. Uma equipa que fez seis jogos na Champions, ainda que na fase de apuramento, e marcou sempre tem de ser respeitada. Parece-me que a este nível não há jogos fáceis”, considerou o técnico dos “leões”, que irá fazer hoje a sua estreia na Champions, depois de ter conduzido o Estoril na Liga Europa da última época. A falta de experiência (sua e da equipa) na Champions, argumenta Marco Silva, não será um factor, até porque o adversário esloveno está nas mesmas condições. "O mais importante é que este encontro marca o regresso do Sporting a uma competição em que, pelo seu historial, tem todo o sentido que esteja sempre presente", observou.

O Sporting tem tido um arranque de campeonato aos soluços, com três empates e uma vitória nas quatro primeiras jornadas, e Marco Silva espera que, em ambiente de Champions, o resultado seja outro. “Esse jogo [com o Belenenses] já passou, este é outro jogo. Teremos sempre muitos aspectos a melhorar. O nosso foco já está nesta competição”, frisou o jovem técnico, acrescentando que a falta de golos se deve, sobretudo a falta de eficácia, porque as oportunidades têm existido: “O nosso caudal ofensivo tem sido bastante grande grande e com oportunidades clara. Mas estamos a precisar bem mais do que duas ocasiões para fazer um golo. É mais um elemento em que temos de melhorar.”

Da equipa que esteve em Munique em 2009, apenas restam dois jogadores. Um deles foi Rui Patrício (o outro é Adrien Silva), e, cinco anos depois, o guarda-redes leonino, um dos mais experientes da equipa, está disposto a esquecer esse jogo contra o Bayern. “Cada jogo é um jogo e nessa altura não correu bem. Temos poucos jogadores que jogaram esta competição, mas temos grande maturidade. De certeza que vamos dar uma boa imagem”, garantiu o guarda-redes.

Mais longa que a do Sporting foi a ausência do Maribor na Liga dos Campeões. A formação eslovena, cujo director-desportivo é o ex-benfiquista e ex-portista Zlatko Zahovic, apenas por uma vez na fase de grupos, em 1999, com uma vitória, um empate e quatro derrotas, e, depois de uma grave crise financeira e desportiva, está de volta aos grandes palcos, tendo chegado à fase de grupos eliminando os bósnios do Mostar, os israelitas do Maccabi Telavive e os escoceses do Celtic de Glasgow. Para o técnico Ante Zimunda, o Maribor vai enfrentar este desafio com motivação e sem pressão: “Têm consciência da importância e da qualidade da competição, mas não sinto neles qualquer pressão. Acumulámos experiência na Liga Europa e o salto para a Champions e uma motivação suplementar.”

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