O apuramento da Irlanda chegou a cinco minutos do fim

Triunfo por 1-0 sobre a Itália colocou a equipa no terceiro lugar do Grupo E e nos oitavos-de-final do torneio.

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Brady no momento do cabeceamento da vitória Carl Recine/Reuters

Um golo de Robert Brady, a cinco minutos dos 90, fez subir ainda mais o tom da festa irlandesa nas bancadas do Estádio Pierre-Mauroy, em Lille. Um cabeceamento à “italiana”, já na recta final da última partida da fase de grupos, foi suficiente para derrotar a Itália (1-0) e para qualificar a República da Irlanda, no terceiro lugar do Grupo E, para os oitavos-de-final do torneio, fase em que vai defrontar a França.

Como à República da Irlanda apenas a vitória interessava, perspectivava-se um jogo sem grandes amarras tácticas. Mesmo tratando-se da Itália, líder do grupo, que se apresentava com outro tipo de preocupações, a gerir o confronto dos “oitavos” com a Espanha campeã em título.

E como não havia nada a perder, os irlandeses partiram para o ataque com toda a alma e coração que os caracteriza, proporcionando aos transalpinos um dos seus exercícios predilectos. A pressão aumentava à medida que Hendrick e Murphy testavam os reflexos de Sirigu na baliza “azzurra”, embora o jogo directo e de choque não produzisse grandes situações de golo.

A República da Irlanda apostava no corredor esquerdo, onde McClean se impunha mais pela capacidade atlética do que pela habilidade e ia ganhando os duelos a Barzagli. Os apoios de Ward e as aparições de Brady e, sobretudo, de Hendrick pretendiam criar desequilíbrios junto de Sturaro, o menos experiente desta segunda linha italiana.

Apesar de tudo, a Itália parecia pouco ou mesmo nada impressionada com a atitude do adversário, aguentando serenamente todas as investidas e cumprindo na perfeição o seu papel, faltando-lhe apenas um pouco mais de cinismo para explorar a preceito os espaços e chegar mais vezes e com mais perigo ao ataque. Immobile faria, a três minutos do intervalo, o primeiro remate italiano, o que diz bem da capacidade para esperar o momento certo para golpear o opositor.

A segunda parte não seria muito diferente, apesar de começarem a esgotar-se as forças dos irlandeses, o que deixou a Itália mais à vontade para esquematizar o seu futebol de ataque. Zaza deixou o primeiro aviso, num belo remate a fazer tremer Randolph. A esperança dos irlandeses foi-se esvaziando e Insigne, que desde o Brasil 2014 não jogava qualquer minuto, entrou com o pé quente a atirar ao poste.

Mas a ponta final do jogo ainda reservava uma surpresa. Num derradeiro pressing, a Irlanda esteve perto do golo por Hoolahan aos 83’, quando surgiu praticamente sozinho na cara de Sirigu, e dois minutos depois marcou mesmo: cruzamento de Hoolahan, finalização perfeita de Brady. O apuramento estava garantido.

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