Depois de ter sido obrigado a partir do último lugar no Grande Prémio da China, Lewis Hamilton vai vai estar longe da frente da grelha de partida em Socchi, onde se corre neste domingo o Grande Prémio da Rússia, quarta prova do Mundial de Fórmula 1. O campeão do mundo em título teve um problema mecânico e não conseguiu sequer fazer uma volta na última fase de qualificação, pelo que irá partir do décimo lugar, distante do seu companheiro de equipa e grande dominador desta fase inicial da época, o alemão Nico Rosberg, que conquistou a segunda pole position da temporada, a 24.ª da sua carreira.

Aumentar

Sem Hamilton, que até estava a ser mais rápido, na Q3, Rosberg dominou a fase final da sessão e fez a sua melhor volta em 1m35,417s, mais de um segundo mais rápido que o finlandês Valteri Bottas (Williams), que vai estar ao seu lado na primeira linha da grelha. No cronómetro, o segundo tempo era de Sebastian Vettel (Ferrari), mas o alemão sofreu uma penalização de cinco lugares na grelha devido a uma troca não prevista da caixa de velocidades do seu monolugar.

A exibição na qualificação vai deixar Rosberg mais à vontade na corrida para manter o domínio total da temporada, ele que venceu as três primeiras provas da época. “Foi, de facto, uma qualificação excepcional. O carro estava perfeito, eu estava focado. Os outros tiveram pouca sorte e isso vai facilitar um pouco a corrida, mas uma corrida de Fórmula 1 nunca é fácil”, alertou o piloto alemão, que tem, à entrada para a corrida russa, 36 pontos de vantagem sobre o pouco afortunado Hamilton.

O britânico, bicampeão do mundo, voltou a ser traído por problemas mecânicos no seu Mercedes, os mesmos, garante o piloto, que o obrigaram a partir do último lugar há duas semanas, em Xangai. E nem a equipa sabe o que se passa. “É uma situação bizarra. Vamos ter de avaliar as causas. Parece que ele tem todo o azar e o outro lado da garagem tem a sorte toda. Está a ser duro para o Lewis e ele tem todo o direito de estar chateado”, diz Totto Wolf, director desportivo da Mercedes.

Tal como aconteceu na China, em que foi sétimo, Hamilton vai ter de fazer uma prova de trás para a frente: “Não é fácil fazer ultrapassagens nesta pista, mas há rectas longas. Não vou desistir.”