A NBA vai fazer hoje uma experiência com um jogo de duração mais curta. O encontro entre os Brooklyn Nets e os Boston Celtics, de pré-época, vai durar apenas 44 minutos, menos quatro do que o habitual, um tempo que o aproxima do basquetebol FIBA (40 minutos). O objectivo é analisar a dinâmica do jogo e a ideia surgiu depois de o tópico ter sido falado numa reunião de treinadores da Liga

Não há planos para esta medida se alargar aos jogos oficiais no futuro imediato, mas a experiência lançou o debate nos EUA, com algumas das figuras da modalidade a defenderem a necessidade da diminuição do número de jogos em vez da duração dos mesmos. Um deles é LeBron James, a grande estrela da actualidade. “Os minutos não significam nada. Poderíamos jogar jogos de 50 minutos se fosse preciso. A partir do momento em que estamos no campo, não interessa se jogas 22 ou 40 minutos. O problema é a quantidade de jogos, que pesa no corpo”, sublinhou o jogador dos Cavaliers.

Dirk Nowitzki também defende que é a época que é demasiado longa. “Não são precisos 82 jogos para determinar as melhores oito equipas de cada conferência”, disse o alemão dos Mavericks, que, tal como LeBron, avançou um número ideal na casa dos 60, mas admitiu que essa possibilidade é inverosímil devido ao dinheiro envolvido na NBA.

O jogo entre os Nets e os Celtics terá quatro períodos de 11 minutos e apenas oito descontos de tempo obrigatórios em vez dos actuais dez. Estes descontos de tempo, com uma duração oficial de 100 segundos, mas que frequentemente demoram mais, são também conhecidos por descontos de tempo de TV por serem usados para as estações que transmitem o jogo passarem os anúncios de publicidade. Quaisquer experiências futuras devem ser feitas na D-League, a liga de desenvolvimento da NBA.

A grande duração dos jogos da NBA, que em média demoram duas horas e 15 minutos (o último minuto regulamentar, num jogo equilibrado, costuma ser superior a cinco minutos reais), e o seu impacto no interesse dos adeptos é uma questão debatida há muito tempo. De qualquer modo, tendo em conta que a NBA acabou de negociar os direitos televisivos com as cadeias nacionais dos EUA por 18,7 mil milhões de euros, para um período de nove anos (a partir de 2016-17), triplicando o valor do contrato anterior, talvez seja improvável que se assista a um corte nos jogos nos próximos tempos.