Nápoles sobreviveu a todos os golpes e conquistou a Supertaça italiana

Juventus esteve em vantagem nos 90 minutos, no prolongamento e nas grandes penalidades. Mas acabou derrotada em Doha.

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Karim Jaafar/AFP
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Pela quarta vez na história da Supertaça de Itália, o vencedor teve de ser encontrado com recurso às grandes penalidades. Juventus e Nápoles esgotaram os 90 minutos regulamentares empatados (1-1) e repetiram o resultado no prolongamento (2-2), fazendo a decisão resvalar para a marca dos 11 metros. Aí, sobreviveram os napolitanos (6-5), que arrecadaram o troféu pela segunda ocasião, 24 anos depois.

Para os italianos, não é propriamente uma novidade verem esta competição ser deslocalizada para outras paragens. Desta vez, o palco da partida foi o Estádio Jassim Bin Hamad, em Doha, no Qatar — é, de resto, a sétima vez que a Supertaça decorre fora de portas, tendo a primeira ocorrido em 1993, nos EUA. E a Juventus entrou melhor em cena, abrindo muito cedo o marcador (5’): Albiol e Koulibaly saltaram num lance dividido, a bola sobrou para Carlos Tévez e o argentino, só com o guarda-redes Rafael pela frente, não desperdiçou a ocasião.

O Nápoles, que começou com Hamsik no banco, foi tentando responder, mas pecava essencialmente na finalização, com a esmagadora maioria dos remates a saírem desenquadrados da baliza. Ainda assim, ao intervalo registava-se um equilíbrio de forças estatístico e os napolitanos até exibiam mais posse de bola (53% contra 47%).

E se Higuaín tinha estado relativamente discreto no primeiro tempo, aos 68’ puxou dos galões e assinou o empate, aproveitando de cabeça um cruzamento de De Guzmán. Um golo que chegou um minuto depois de Andrea Pirlo, o maestro da "Juve", ter saído de campo para a entrada de Roberto Pereyra.

Eram os avançados que faziam a diferença no marcador e a tónica continuou no prolongamento. Numa espécie de braço-de-ferro individual, Tévez voltou a desafiar Higuaín aos 112’, rodando no limite da área para um remate rasteiro e colocado que deixava o campeão italiano perto de reclamar o troféu.

Mas Higuaín ainda tinha uma carta na manga e, a dois minutos do final, atirou-a para cima da mesa, com um pontapé espontâneo já no interior da área bianconera (2-2).

O jogo seguia mesmo para os penáltis. Palavra aos guarda-redes. Buffon trava o primeiro remate (de Jorginho), Rafael vê o disparo de Tévez acertar no poste. Um arranque em falso de parte a parte. Depois, foram 10 grandes penalidades convertidas de forma consecutiva, até que Buffon (Mertens e Callejón) e Rafael (Chiellini, Pereyra e Padoin) voltaram a brilhar. Contas feitas, seria o remate de Koulibaly a fazer a diferença e a impedir que a Juventus se tornasse na equipa italiana com mais Supertaças (actualmente partilha o estatuto com o AC Milan, ambos com seis).

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