A conferência de imprensa de antecipação do jogo entre o Sporting e o Arouca de sábado, foi, em grande parte, dominada pelo tema Nani. O clube da região centro do país mereceu apenas uma pergunta, precisamente a última. Sintomático da importância que o regresso do internacional português assume para o Sporting.

Atento a toda esta atenção que envolve o retorno a Nani, Marco Silva fez questão de aliviar a pressão em torno do futebolista. “A nossa responsabilidade é a mesma. A chegada dele não aumenta a nossa responsabilidade. É óbvio que é um momento importante, não só pela sua qualidade, maturidade e experiência, mas também pela sua vontade de estar aqui. Mas o Nani só será uma mais-valia se colectivamente formos fortes.”

E um pouco mais adiante, o treinador sportinguista foi ainda mais explícito: “Não vamos pôr uma grande pressão sobre o Nani e pensar que ele vai resolver todos os nossos problemas.”

Sobre a entrada do futebolista do Manchester United no plantel “leonino”, Marco Silva falou em aproveitar uma boa oportunidade. “Todos os plantéis ganham, quando há a perspectiva de entrar um jogador com a qualidade do Nani. Pela sua qualidade, foi uma oportunidade. Se calhar estávamos a pensar encontrar um jogador para reforçar os corredores. Temos soluções boas para essas posições, mas quando chega um jogador com esta qualidade é o Sporting que ganha.”

Certo é que a sua utilização na partida com o Arouca depende apenas da chegada do certificado internacional, já que o avançado foi convocado e está em condições físicas de jogar, conforme Marco Silva explicou: “Nani tem vindo a treinar, fez a pré-temporada no anterior clube e jogou na segunda parte do último jogo do Manchester.”

Quanto ao desempenho da equipa no jogo anterior (empate a um golo no terreno da Académica), Marco Silva revelou que a perda de pontos não deixou a equipa descrente e espera uma resposta por parte dos seus jogadores: “O resultado não foi o que pretendíamos e teremos que dar uma resposta amanhã [hoje].” Mas depois de ter elogiado a forma como a equipa jogou nos primeiros 30 minutos em Coimbra, rematou, em tom de aviso: “Só meia-hora não basta”.