Nacional soma primeira vitória fora de casa

Equipa de Manuel Machado encerra primeira volta do campeonato com um triunfo sobre o Paços de Ferreira, por 3-2.

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Manuel Machado conseguiu somar os primeiros pontos fora da Madeira para o Nacional Paulo Ricca/PÚBLICO (arquivo)

O Nacional alcançou neste domingo a primeira vitória como visitante na I Liga, ao bater o Paços de Ferreira por 3-2, num jogo da 17.ª jornada com um final electrizante.

O resultado foi fiel à tradição (os insulares têm seis vitórias contra três triunfos dos pacenses na Capital do Móvel, em 11 jogos para o campeonato), mas não espelha o que se passou em campo, reflectindo antes a eficácia quase absoluta do Nacional, com três golos em quatro remates, num jogo quase de sentido único.

Lucas João, aos 41 minutos, transformou o primeiro remate do Nacional em golo, Luís Aurélio fez o segundo, aos 55', e Marco Matias anotou o terceiro, aos 87', antes de Urreta, por duas vezes, aos 88' e 90'+3', ter devolvido a esperança aos pacenses.

Sem vencer há quatro jogos, o Paços de Ferreira entrou dominador, num sistema ajustado ao adversário (Seri recuava para a zona dos centrais, libertando os laterais, que acompanhavam os interiores Vasco Rocha e o estreante Ruben Pinto), face a um Nacional acomodado no seu meio-campo e sem iniciativa.

O domínio dos locais era absoluto, com um futebol apoiado e a toda a largura do terreno, mas não tinha propriamente tradução em oportunidades de golo, apesar de a bola ter rondado várias vezes a baliza de Gottardi, dando a sensação de que poderia surgir a qualquer momento.

Sem nada o fazer prever, o Nacional adiantou-se no marcador por Lucas João, aos 41 minutos, após centro de Gomaa, da direita, num lance em que o avançado angolano surgiu livre de marcação.

A eficácia do Nacional trazia à memória jogos recentes dos pacenses e a situação piorou quando Luís Aurélio, num lance puro de contra ataque ao primeiro toque, fez o segundo golo, aos 55 minutos, depois de Gottardi, logo no reatamento, ter evitado com a perna direita e em queda, o golo a Hélder Lopes.

Com o segundo golo, o Nacional ficou ainda mais confortável no jogo e apostou quase tudo no antijogo, perturbando ainda mais uma equipa que continuou fiel à sua forma de jogar, embora começasse a acusar algum discernimento na fase de definição.

O Paços dominava, esteve várias vezes perto de marcar, mas seria o Nacional, por Marco Matias, aos 87 minutos, a chegar ao golo, em mais um lance de contra-ataque.

O jogo parecia resolvido, mas, na jogada seguinte, Urreta, com um grande pontapé, reduziu, voltando a marcar no terceiro dos cinco minutos de descontos concedidos pelo árbitro.

Até ao final, o Paços, que caiu para nono lugar, com 23 pontos, esteve quase a conseguir o merecido empate, mas a felicidade esteve do lado do Nacional, que, com este triunfo, ascendeu ao 12.º lugar, agora com 18 pontos.

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