A dez dias do início do ATP Tour World Finals, Andy Murray assegurou a sua presença no evento que encerra o circuito profissional masculino. Uma boa notícia para os compatriotas que assim terão um motivo extra para deslocar-se à Arena O2, de Londres. Após vencer Grigor Dimitrov, nos oitavos-de-final do BNP Paribas Masters, Murray escreveu na câmera “Bad Year” (mau ano) mas sem dúvida que está a ser um bom Outono.

“Têm sido umas semanas longas mas ainda me sinto bem quando acordo de manhã. Não estou fresco como uma alface. Sinto-me fatigado, mas estou competitivo. Tenho tomado boas decisões no court e não tenho tido desconcentrações durante os encontros”, explicou Murray, depois de eliminar Dimitrov, com um duplo 6-3, em 69 minutos, durante os quais não enfrentou qualquer break-point.

“Em alguns encontros contra jogadores do top, tive alguns períodos em que o meu nível baixou um pouco e os melhores aproveitaram. Hoje, não tive nenhum desses momentos, joguei bem do início ao fim”, admitiu o escocês.

Este foi o 11.º encontro ganho consecutivamente por Murray que, desde o Open dos EUA, só perdeu dois dos 22 encontros que disputou em seis semanas. O actual número oito do ranking qualifica-se para o Masters pelo sétimo ano consecutivo, mas falhou a edição do ano passado devido à operação às costas, no final de Setembro. Nesta sexta-feira, Murray discute um lugar na final do Masters 1000 de Paris com o vencedor do aguardado duelo entre Novak Djokovic e Gael Monfils que encerrava a jornada.

Dimitrov chegou a estar no quinto lugar da Corrida para Londres em Agosto, antes do Open dos EUA, mas desde aí, só por uma vez passou dos “quartos”, quando atingiu a final do ATP 250 de Estocolmo. O búlgaro ainda poderia estar presente no Masters como suplente, mas já disse que não iria nessa condição. Mesmo assim, Dimitrov termina a época na sua melhor classificação de sempre, 11.º lugar, graças a três títulos e 50 encontros ganhos no ATP Tour, quatro deles sobre adversários do "top-10".

Para os três lugares ainda em aberto, há quatro candidatos: Kei Nishikori, Tomas Berdych, David Ferrer e Milos Raonic. Nishikori – que nesta quinta-feira venceu Jo-Wilfred Tsonga, por 6-1, 4-6 e 6-4 – garantirá a qualificação se vencer nesta sexta-feira Ferrer. O espanhol derrotou o compatriota Fernando Verdasco, por 6-1, 6-2, mas terá de chegar à final para poder competir em Londres.

Berdych também se qualifica para Londres se vencer, nesta sexta-feira, Kevin Anderson (vencedor de Stan Wawrinka, já apurado para o Masters) enquanto Raonic joga com Roger Federer que terminou com a boa prova de Lucas Pouille (176.º), com um duplo 6-4.