Andy Murray vai começar esta semana a defender o título no Sony Open Tennis, mas, em Miami, já não estará acompanhado de Ivan Lendl. O escocês que triunfou no segundo Masters 1000 do ano em 2009 e no ano passado, anunciou o fim da sua relação com o ex-número um, iniciada em Dezembro de 2011.

Nesse período de dois anos, Murray passou de um jogador que tinha disputado quatro finais de torneios do Grand Slam sem sucesso para bicampeão de majors (Open dos EUA, em 2012, e Wimbledon, em 2013) e vencedor de uma medalha de ouro olímpica (Jogos de Londres, em 2012). Antes, só um tenista na Era Open (desde 1968) tinha perdido as primeiras quatro finais que disputou no Grand Slam: Lendl. O norte-americano, nascido na antiga Checoslováquia há 54 anos, acabaria por juntar oito troféus em majors e passou 270 semanas no primeiro lugar do ranking.

Foi essa a experiência que Murray foi buscar e com excelentes resultados. “Estou eternamente grato ao Ivan por todo o seu duro trabalho nos dois últimos anos, os mais bem sucedidos da minha carreira”, afirmou o primeiro britânico em 77 anos a triunfar em Wimbledon. Lendl admitiu que foi uma excelente experiência esta sua estreia como treinador, mas explicou que quer jogar mais torneios de veteranos e dedicar mais tempo à sua Ivan Lendl Junior Tennis Academy.

Em Miami, Murray está colocado na mesma secção de Novak Djokovic, com quem poderá encontrar-se nos quartos-de-final. Uma semana depois de ganhar o primeiro título da época, Djokovic vai tentar repetir a dobradinha Indian Wells-Miami que conseguiu em 2011 e igualar Roger Federer, o único que o fez por duas vezes (2005 e 2006) e que também se encontra na mesma metade do quadro, de onde saiu Juan Martín del Potro, ainda com dores no pulso esquerdo.

Rafael Nadal fica assim a encabeçar uma parte superior do quadro onde se encontram mais três tenistas do top 10: Stanislas Wawrinka (3.º), Tomas Berdych (7.º) e John Isner (10.º). Nesta metade está igualmente João Sousa (42.º), que se estreia na noite de quinta-feira frente ao espanhol Pablo Carreño Busta (64.º).