A FIFA aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, um novo formato para os Mundiais de futebol a partir de 2026: terão 48 selecções, em vez das actuais 32. A medida, já há muito defendida por alguns responsáveis do organismo, com Gianni Infantino à cabeça, está a gerar diferentes tipos de reacções e promete continuar a dar que falar nos próximos dias.

Foram poucos os detalhes revelados acerca do novo modelo do Campeonato do Mundo. Sabe-se, apenas, que as 48 selecções serão distribuídas por 16 grupos de três equipas e que o número de jogos na fase final sobe de 64 para 80, sem que o vencedor tenha de fazer mais do que os habituais sete jogos.

Este alargamento - que inicialmente até foi lançado para a discussão pela candidatura à presidência da FIFA encabeçada por Luís Figo - era uma promessa de Gianni Infantino, o novo presidente do organismo, e já foi criticada pela Liga espanhola. "Infantino comporta-se como Blatter, que tomava as decisões sozinho, sem se preocupar com ninguém", disse Javier Tebas numa entrevista ao L'Équipe, acrescentando que os clubes estão "muito incomodados".

"Gianni Infantino faz política. Para ser eleito, prometeu mais países no Mundial. Quer cumprir essas promessas, mas as promessas que fez ao futebol profissional não as cumpre", acrescentou o dirigente espanhol.

Gianni Infantino, em defesa da decisão, destacou que este alargamento permitirá a um maior número de países "sonhar" com o apuramento e alertou para a necessidade de “moldar o Campeonato do Mundo ao século XXI”, na lógica de que o futebol não se resume "à Europa e à América do Sul".

A UEFA, através de um comunicado, também já reagiu a este anúncio, mostrando-se genericamente satisfeita com o crescimento do número de selecções e com o adiamento da definição das vagas por cada confederação.