José Mourinho conquista terceira Taça da Liga inglesa e soma 21 títulos

Chelsea bateu o Tottenham na final de Wembley e ainda viu o Manchester City marcar passo na Premier League, com uma derrota no terreno do Liverpool.

John Terry (no meio) festeja o primeiro golo do Chelsea em Wembley
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John Terry (no meio) festeja o primeiro golo do Chelsea em Wembley IAN KINGTON/AFP
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Festejos de Mourinho IAN KINGTON/AFP

Dez anos depois de ter conquistado a primeira Taça da Liga ao serviço do Chelsea, José Mourinho voltou a erguer o troféu inglês, o terceiro da sua carreira no comando dos londrinos. Na final deste domingo, em Wembley, os blues bateram o Tottenham por 2-0, com golos de John Terry e Diego Costa, correspondendo à máxima do treinador português, que voltou a sublinhar que “as finais são para ganhar”.

Pragmático quanto bastou, o Chelsea contrariou o ascendente dos spurs em largos períodos da primeira metade da partida, acabando por inaugurar o marcador em cima do intervalo. Mas a primeira grande oportunidade do encontro pertenceu ao Tottenham, que viu a barra devolver um livre directo de Eriksen, aos 10’.

Mais eficaz seria a equipa de Mourinho, que, aos 45’, também na sequência de um livre (cobrado por Willian), abriu a contagem, após a bola ter sobrado para o defesa central John Terry, que, sem oposição, bateu o guarda-redes Llori.

A vantagem fez bem ao Chelsea, que entrou mais determinado na segunda parte e chegou ao segundo golo aos 56’. Um lance bem desenhado pelo ataque dos blues, que passou por Willian e Fàbregas, antes de ser finalizado por Diego Costa, com a bola a tocar num adversário, traindo o dono das redes spurs. Depois foi gerir o resultado até ao final, sem que o Tottenham apresentasse argumentos para contrariar a sorte do jogo, apesar da pressão que imprimiu na última fase do encontro.

Aos 52 anos, José Mourinho conquistou o 21.º troféu da carreira (seis no FC Porto, sete no Chelsea, cinco no Inter de Milão e três no Real Madrid), interrompendo um jejum de títulos pouco habitual no seu currículo, que durava há dois anos e meio. Uma pausa prolongada para os padrões do técnico setubalense, que comemorou entusiasticamente no final da partida, deixando elogios à sua equipa.

“Os meus jogadores foram fantásticos. As finais não são para jogar, são para ganhar. Não tivemos problemas. Eles construíram duas ocasiões e nada mais. Sabíamos que seríamos perigosos no contra-ataque e, acima de tudo, jogámos como se deve jogar uma final”, concluiu, antes de revelar um pouco o seu estado de alma: “Sinto-me como uma criança a comemorar o primeiro troféu.”

Já o capitão de equipa, John Terry, acredita que a Taça da Liga poderá ser apenas um aperitivo para a sua equipa esta temporada. “É o primeiro título da época e a sensação é fantástica. Pode ser o começo de algo muito bom, mas temos de focar-nos na Liga. Controlámos o jogo e lidámos bem com a pressão. O treinador foi claro quando disse que íamos entrar em campo para vencer”, sintetizou o autor do primeiro golo em Wembley.

City escorrega em Liverpool
A conquista da Taça da Liga foi o culminar de um domingo feliz para o Chelsea, que não poderia ter corrido melhor para os londrinos também ao nível do campeonato. É que o Manchester City, principal adversário da equipa de Mourinho na conquista da Premier League, tropeçou no terreno do Liverpool, perdendo por 2-1, e mantendo intacta a vantagem de cinco pontos dos blues na liderança do campeonato e com menos uma partida disputada.

Jordan Henderson abriu a contagem no clássico inglês para a equipa da casa, logo aos 11’, com Edin Dzeko a empatar o encontro, aos 26’. Já na segunda metade, Philippe Coutinho apontou o golo que valeria três pontos e valeria aos reds a subida ao quinto lugar da classificação, o primeiro de acesso às competições europeias da próxima temporada.

Menos bem esteve a outra equipa de Liverpool, o Everton, que foi a Londres perder com o Arsenal, por 2-0. Um resultado que permitiu à equipa orientada pelo francês Arsène Wenger apagar um pouco a má imagem deixada a meio da semana nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, onde foi surpreendida no seu recinto pelo Mónaco de Leonardo Jardim, perdendo por 3-1. O resultado de ontem permite ainda aos arsenalistas recuperarem o terceiro lugar da Liga inglesa, a nove pontos do Chelsea.

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