Moreirense desperdiça penálti e segue sem vencer em casa

O Rio Ave terminou a partida de Moreira de Cónegos com apenas nove jogadores.

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Capucho viua sua equipa acabar com nove jogadores AFP/FRANCISCO LEONG

Moreirense e Rio Ave empataram neste domingo a um golo, num jogo muito intenso e faltoso e que terminou com a equipa da casa a desperdiçar uma grande penalidade.

Cauê marcou o primeiro golo aos 74', mas três minutos depois Roderick Miranda, na conversão de um penálti, fixou o resultado num 1-1 que podia ter sido diferente se Rebocho não permitisse numa outra grande penalidade a defesa de Cássio já nos descontos e já com o Rio Ave a jogar com nove.

Com este empate, o Moreirense - que apesar de continuar sem vencer em casa, consegue quebrar um ciclo de cinco derrotas consecutivas e marca um golo seis jornadas depois da última vez - sobe uma posição, atirando para último o Arouca, que tem os mesmos cinco pontos, enquanto o Rio Ave mantém o sétimo posto.

O treinador dos vila-condenses e o dos minhotos fizeram alterações nas equipas face aos últimos encontros para a Liga. Capucho colocou Yazalde no lugar do lesionado Guedes, João Novais no lugar de Gil Dias e Rúben Ribeiro a fazer as vezes de Krovinovic. Já Pepa aproveitou o regresso de Jander e Neto, após castigo, e também fez entrar de início André Micael.

O primeiro lance de real perigo pertenceu ao Rio Ave, com Tarantini, aos 25 minutos, a cabecear após centro vindo da direita, mas Makaridze salvou. O Moreirense respondeu também com um cabeceamento: Jander completou um canto marcado por Podence mas a bola saiu por cima (28 minutos).

As equipas permaneciam "encaixadas", alternando na intensidade num jogo em que reinou o equilíbrio.

Cássio fez a melhor defesa da tarde aos 34 minutos, altura em que voou para evitar que um pontapé de fora da área apontado por Rebocho se transformasse em golo, depois de uma perda de bola de Wakaso.

O médio ganês do Rio Ave procurou redimir-se com um pontapé forte que saiu muito perto do poste da baliza dos vimaranenses, a fechar a primeira parte, marcada nos instante finais pela lesão grave de Lionn, defesa dos visitantes, que sofreu uma fratura na perna esquerda.

Na segunda parte - já com Pedrinho no lugar de Lionn - o jogo continuou equilibrado mas passou a ser muito faltoso e com quezílias a cada instante.

O Moreirense chegou à vantagem aos 74 minutos, por intermédio de Cauê, que marcou após cruzamento de Nildo, aproveitando alguma passividade da equipa visitante, mas o Rio Ave acabou por empatar com Roderick a converter uma grande penalidade, aos 77 minutos, que castigava falta de Diego Galo sobre Kizito.

O tom nervoso do encontro foi aumentando até ao final. Héldon foi mesmo expulso, aos 78 minutos, depois de ter trocado "argumentos" com Sagna, que tinha travado em falta, de forma dura, um ataque dos vila-condenses.

E as oportunidades de golo, mais em força e desespero do que com jeito e racionalidade, foram divididas: Francisco Geraldes atirou por cima (85'), Yazalde ao lado (89') e Jander, isolado e de baliza escancarada, conseguiu bater para o céu (90'+1').

No último instante dos descontos, aos 90'+2', o Moreirense desperdiçou uma oportunidade soberana para quebrar de vez a série negra quando Rebocho permitiu que Cássio defendesse uma grande penalidade assinalada por Tiago Martins.

O árbitro considerou que Roderick derrubou Ramirez na área, uma decisão muito contestada pelos vila-condenses, que viram o central ser expulso.

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