Momento do FC Porto "pode ser traiçoeiro", alerta Jesus

Treinador do Sporting considera que os "dragões" também vão jogar sob pressão e deixa elogios ao rival.

O treinador do Sporting afirmou nesta sexta-feira que o momento do FC Porto "pode ser traiçoeiro" e frisou que a classificação dos portistas não terá influência no clássico da 32.ª jornada da Liga. "A classificação pode ser traiçoeira. O FC Porto é uma equipa com muito valor, com jogadores com muita qualidade. Nestes jogos, contra rivais, a classificação não influencia o jogo. São duas equipas com muito valor e qualquer uma pode vencer", afirmou Jorge Jesus.

O técnico, que fazia a antevisão da partida de sábado, considerou que, no Estádio do Dragão, estarão em disputa "três pontos, mas também a possível conquista do primeiro lugar", posição ocupada pelo Benfica e da qual o Sporting dista dois pontos. "É um clássico, entre duas equipas que querem ganhar, independentemente de uma ter objectivos por disputar no campeonato e a outra não. Mas isso não retira pressão ao FC Porto, porque vai jogar contra um rival. Vai querer ganhar e jogar bem, tal como o Sporting", referiu.

De resto, Jorge Jesus recordou que, nos últimos anos, os "azuis e brancos" têm vindo a perder terreno na luta pela liderança.
"O FC Porto não está muito habituado a esta situação. Não era costume ficar no terceiro lugar, depois no segundo, agora novamente em terceiro. Têm de pensar por que acontece", enunciou.

Por outro lado, o técnico sublinhou que o duelo com o Benfica pelo título nacional vai continuar a ser disputado "até ao fim" e disse acreditar que o Vitória de Guimarães tem condições para retirar pontos aos "encarnados". "Acredito que pode acontecer. Não há jogos ganhos antes do tempo e não há adversários mais frágeis. Sporting e Benfica estão sujeitos a surpresas. Vou ficar à espera do que possa acontecer, mas o importante é focarmo-nos no que temos de fazer, ganhar e jogar bem no Dragão", adiantou.

Jorge Jesus explicou ainda a troca de cumprimentos com André Carrillo, no Estoril Open de ténis, confessando o "respeito" que tem pelo extremo que, no final da época, vai trocar o conjunto de Alvalade pelo rival Benfica. "Cumprimentei o André, com respeito, porque foi meu jogador e portou-se sempre bem. A situação com a entidade patronal é diferente. Não me interessa a cor do clube onde joga. Importa-me, sim, o respeito profissional. Eu também já estive do lado contrário", concluiu.
 

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