Meeting de Oslo: boas marcas no meio-fundo e um grande salto de Bartoletta

O queniano Jairus Birech impôs-se com um recorde pessoal nos 3000m obstáculos.

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Jairus Birech

A quinta etapa da Liga de Diamante de atletismo teve lugar nesta quarta-feira, em Oslo, capital norueguesa, com tempo excelente que poderia ajudar à obtenção de resultados de topo. Porém, faltaram muitos primeiros planos em várias provas e o meeting acabou por ser menos vibrante do que em anos anteriores, embora o meio-fundo e a saltadora americana Tianna Bartoletta tenham produzidos melhores marcas do ano.

Nos 3000m obstáculos, o americano Evan Jager conseguiu seguir em elevado ritmo o queniano Jairus Birech e um máximo nacional foi-se tornando possível, mesmo quando o queniano se isolou. Birech acabou com o excelente tempo de 8m02,37s, recorde pessoal e melhor marca do ano, e Jager terminou com 8m06,97s, a 16 centésimos do recorde. Assim gorou-se a hipótese de um máximo bastante anunciado.

Os 5000m tiveram um plantel de muito boa valia em pista e também uma melhor marca do ano foi conseguida, mas ainda não abaixo de 13 minutos. Essa barreira, que pela primeira vez foi alcançada em 1987, continua a resistir este ano, mesmo depois de um bom final de prova do etíope Yenew Alamirew, que impôs o seu sprint em 13m01,57s ao queniano Caleb Ndiku (13m02,15s) e ao americano Galen Rupp (13m03,35s).

A Dream Mile quase fechou a reunião e, não tendo havido melhor registo de 2014, não deixou de constituir uma prova emocionante. Ficou confirmada a classe de Ayanleh Suleiman, o atleta do Djibuti medalhado no ano passado nos Mundiais de Moscovo, em 800m, e a quem ninguém se conseguiu opor na recta final. Suleiman terminou com 3m49,49s e no segundo lugar reemergiu o neo-zelandês Nick Willis (3m49,83s, máximo pessoal), medalha de prata olímpico nos 1500m, em 2008. Mas sobretudo o jovem alemão de raízes etíopes Tesfaye Homyu mostrou ser um caso sério para os próximos tempos, finalizando em terceiro, com 3m49,86s.

Quanto à norte-americana Tianna Bartoletta continuou uma temporada de regresso ao salto em comprimento, disciplina em que hava sido campeã mundial em 2005 ao ar livre e em 2006 em pista coberta, com uma nova marca pessoal e melhor registo mundial do ano, com 7,02m. Desde 2006 concentrou-se mais na velocidade e ainda no Inverno passado foi a terceira nos Mundiais de Sopot, nos 60m.

Quem também vem conseguindo um bom regresso, neste caso após lesões e operações a um pé, é a croata Blanka Vlasic no salto em altura. A antiga dominadora da disciplina, que falhou os Jogos Olímpicos de 2012 e os Mundiais de Moscovo do ano passado no período da sua recuperação, voltou a passar 1,98m, neste caso ao terceiro ensaio, e só perdeu para a russa Mariya Kuchina, por esta ter transposto a mesma altura um salto antes.

Na vara masculina o francês Renaud Lavillenie voltou a ter uma vitória fácil, passando 5,77m, mais sete centímetros que o alemão Malte Mohr.

Nos 400m femininos  a jamaicana Novlene Williams terminou com 50,06s, a três centésimos da melhor marca mundial do ano, enquanto a antiga campeã mundial Amantle Montsho, do Botswana, cedia muito na recta final para acabar em terceiro, com 51,05s.

 

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