Meeting de Birmingham deu mais um recorde a Mo Farah

O atleta britânico mostrou estar em grande forma a poucos meses dos Jogos Olímpicos.

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Mo Farah mostrou estar em grande forma Matthew Childs/Reuters

O sexto meeting da Liga Diamante do atletismo em 2016 teve lugar neste domingo, em Birmingham, na Grã-Bretanha, e mesmo sem uma marca da valia de algumas das obtidas em reuniões recentes aconteceu tanta coisa que o mais difícil será escolher por onde começar, mostrando bem que se está em ano olímpico.

Assim, começa-se pelo fim, pela última prova posta em pista e arranjada de maneira a dar mais uma vitória a Mo Farah, o duplo campeão olímpico britânico do meio fundo. Na distância de 3000m já se sabia que, com o plantel deste domingo, Farah não teria quem lhe fizesse frente. Cedo sozinho no comando, o britânico andou muito tempo em ritmo para bater os 7m30s, mas quebrou um pouco no final, sem surpresa. Ainda assim, a sua raça permitiu-lhe acabar a prova em 7m32,62s, a melhor marca do ano e um novo recorde nacional, que ultrapassou a marca de 7m32,79s que David Moorcroft havia rubricado a 17 de Julho de 1982.

Farah é agora o detentor dos máximos britânicos dos 1500m, 3000m, 5000 e 10000m, e da meia maratona, faltando só, dos programas oficiais, o da maratona.

A reunião foi marcada também pela primeira derrota da triplista colombiana Caterine Ibarguen, ao fim de 34 competições sucessivas vitoriosa. A última desfeita de Ibarguen até domingo fora-lhe infligida na final olímpica de Londres 2012, pela cazaque Olga Rypakova, e para suprema ironia foi mesmo uma regressada Rypakova quem a venceu neste domingo, saltando 14,61m contra 14,56m da sul-americana. Tudo tem um fim, a ver vamos como correrá a desforra no Rio de Janeiro.

Na velocidade feminina, a holandesa Dafne Schippers continua a fazer boas provas mas também a perder para as americanas ou jamaicanas. Neste domingo, foi a americana English Gardner quem se lhe adiantou nos 100m, com 11,02s contra 11,09s.

Na altura masculina, o quatari Mutaz Barshim está de volta, fez 2,37m, melhor marca da época, antes de tentar 2,44m, a um centímetro do recorde mundial.

Noutra tentativa contra relógio nos 3000m obstáculos, o queniano Conselsus Kipruto voltou a lançar-se sozinho para a frente e de novo devido a uma ritmo muito irregular não baixou dos 8 minutos por um triz, ainda assim saindo com o melhor registo da época, com 8m00,12s.

E numa surpreendente prova da raramente corrida distância de 600m o grande David Rudisha (Quénia), campeão olímpico dos 800m, teve enorme vantagem que aguentou apenas por um triz face ao francês Pierre-Ambroise Bosse, resultando para ambos recordes continentais de 1m13,10s e 1m13,21s, respectivamente.

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