Simplicidade do Marítimo deixa Lopetegui nas mãos de Paulo Fonseca

Um grande golo de Bruno Gallo, na primeira parte, bastou para os madeirenses derrotarem os portistas. Se o Benfica vencer em Paços de Ferreira, os “dragões” terminam a jornada a nove pontos das “águias”.

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AFP

Na época passada, na 17.ª jornada, um golo de Derley bastou para o FC Porto de Paulo Fonseca sofrer a terceira derrota no campeonato e ficar a quatro pontos do líder Benfica. Praticamente um ano depois, os “dragões”, agora de Julen Lopetegui, regressaram à Madeira para defrontar o Marítimo e o filme repetiu-se — Bruno Gallo fez o único golo na derrota portista. Porém, desta vez, o cenário é bem mais negro para os “azuis e brancos”: se o Benfica vencer hoje o Paços de Ferreira de Paulo Fonseca, o FC Porto terminará a ronda 18 a nove pontos do líder.

Após a derrota em casa contra o Benfica, a 14 de Dezembro, o FC Porto parecia ter finalmente encontrado o rumo certo. O desconcertante Julen Lopetegui dos primeiros meses em Portugal, que fazia ponto de honra em surpreender em cada “onze” escolhido, deu lugar a um técnico previsível e os “dragões” começaram a ganhar rotinas de jogo. Contrariando essa tendência, Taça da Liga à parte, no Funchal o basco voltou a tirar um coelho da cartola: Quintero substituiu Tello no flanco esquerdo. Mais vítima do que réu (é no centro que o colombiano rende mais), o “10” do FC Porto passou ao lado do jogo e os “dragões” deram 45 minutos de avanço ao Marítimo.

Com Óliver demasiado escondido e Quintero fora de jogo, na primeira parte apenas Quaresma criou problemas à defesa madeirense. Com o estilo demasiadas vezes visto com Lopetegui (muita posse, demasiados passes lateralizados e pouca progressão), o FC Porto entrou apático, foi deixando o tempo passar e caiu na ratoeira do Marítimo. Após a goleada sofrida há uma semana contra o Benfica, Leonel Pontes apostou numa estratégia calculista e, sem fazer nada por isso, acertou no jackpot: aos 32’, na primeira oportunidade, os madeirenses chegaram à vantagem, com um grande golo de Bruno Gallo.

Em desvantagem, Lopetegui desfez o equívoco inicial ao intervalo (Tello entrou para o lugar de Quintero), o FC Porto melhorou e, aos 55’, teve a primeira grande oportunidade no jogo: Casemiro e Indi, em boa posição, fizeram “tiro ao boneco” a Salin. Pouco depois, Gonçalo Paciência estreou-se na I Liga, substituindo Herrera, e os “dragões”, em 4x2x4, apostaram no risco total para a última meia hora.

Cinco minutos depois, Cristian Tello surgiu isolado na área, mas acertou no poste e, na recarga, Quaresma fez Salin brilhar. O FC Porto atravessava a melhor fase no jogo e, com a expulsão do estreante Raul Silva, aos 77’, parecia ter a vida facilitada, mas, em inferioridade numérica, o Marítimo reorganizou-se bem e segurou a vantagem.

Um ano depois, o FC Porto voltou a abandonar o Funchal mais longe do título.

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