Marco Silva rejeita qualquer tipo de favoritismo do Sporting no jogo desta quarta-feira frente ao Maribor, na Liga dos Campeões, preferindo destacar o regresso dos "leões" a uma competição na qual devia estar sempre presente.

"Sinceramente, não vejo aqui grande favoritismo. Temos de respeitar o Maribor. Uma equipa que fez seis jogos na Champions, ainda que na fase de apuramento, e marcou sempre tem de ser respeitada", disse o técnico dos "leões", na conferência de imprensa de antevisão do encontro de quarta-feira, do Grupo G.

Marco Silva foi claro: "Parece-me a mim que a este nível não há jogos fáceis. Nós temos de estar preparados e dar uma resposta de grande humildade".

Estreante na principal competição do calendário europeu, Marco Silva preferiu valorizar a equipa, em detrimento da sua experiência pessoal, e desvalorizar a inexperiência dos seus jogadores na "Champions", recordando que os eslovenos também não estão acostumados às grandes noites europeias.

"O mais importante é que este encontro marca o regresso do Sporting a uma competição em que, pelo seu historial, tem todo o sentido que esteja sempre presente", completou.

Marco Silva confessou que o Sporting quer entrar na Liga dos Campeões, depois de seis épocas de ausência, da "melhor forma", o que significa lutar pelos três pontos e vencer, embora considere que o jogo será "muito difícil", quer pelo Maribor jogar em casa, quer pela qualidade ofensiva da equipa eslovena, que tem "avançados móveis, com muita velocidade" e é "muito forte nas transições ofensivas".

Para trás, de acordo com o treinador dos "leões", ficou o empate com o Belenenses, o terceiro em quatro jogos na Liga portuguesa.

"É óbvio que esperamos sempre uma reposta diferente, sobretudo quando o resultado não é o que esperávamos. Mas, esse jogo já passou, este é outro jogo. Teremos sempre muitos aspectos a melhorar, mesmo quando ganhamos. O nosso foco já virou para esta competição e queremos dar uma resposta positiva amanhã (quarta-feira)", garantiu.

O técnico português assumiu que a falta de golos do Sporting não resulta apenas de ineficácia na altura de concretizar.

"O nosso caudal ofensivo tem sido bastante grande e com oportunidades claras de golo. Neste momento estamos a precisar bem mais do que duas ocasiões para fazer um golo. Sabemos que há momentos quando uma equipa consegue ser eficaz se coloca em vantagem mais cedo... isso ajuda. É mais um elemento que temos de melhorar como equipa", reconheceu, referindo que a ansiedade que falou no jogo com o Belenenses resulta menos da falta de experiência e mais da falta de golos.

Marco Silva quis ainda deixar claro que o Sporting não quer que seja Nani, sozinho, a levar a equipa às costas, preferindo que o conjunto encontre soluções colectivas.

"Temos de ser uma equipa forte. Claro que há momentos em que jogadores com essa capacidade individual assumem o jogo. O Nani tem essas características, mas é muito melhor para nós resolver colectivamente", concluiu.

Já Rui Patrício, preferiu realçar a sensação "muito boa" de estar de volta "às grandes competições".

"Um clube como o Sporting só tem de estar nestas competições. O passado  já passou. O mais importante é este ano, o jogo de amanhã (quarta-feira). Queremos desfrutar ao máximo desta competição, mas sempre com a máxima responsabilidade. Estamos focados no que estamos a fazer para estar mais perto da vitória", frisou o guarda-redes "leonino".

O "capitão" do Sporting prometeu que a equipa vai dar uma boa imagem na Liga dos Campeões, preferindo desvalorizar os desaires do passado.