Um dia depois do presidente Bruno de Carvalho ter exigido publicamente ao treinador e jogadores do Sporting para assumirem claramente a sua responsabilidade nos maus resultados e exibições menos conseguidas, Marco Silva garantiu não se sentir mais pressionado pelas palavras do líder “leonino”. Na véspera de defrontar o Nacional, na Madeira, na 14.ª jornada da Liga, o técnico admitiu que a sua equipa está obrigada a apresentar um futebol superior ao que protagonizou nos últimos jogos.

“Estamos todos descontentes, o presidente, os adeptos, eu, como líder, e os jogadores. A novela é alimentada pelo que o presidente disse, mas ele tem legitimidade para o fazer porque é o líder máximo”, resumiu Marco Silva, este sábado, na antecipação do confronto na Choupana: “Quando estamos num clube como o Sporting, a pressão tem de ser constante. Tudo o que o presidente diz tem um impacto grande, mas não vai trazer mais pressão.

O treinador manifestou-se também resignado pela decisão de Bruno de Carvalho em não reforçar a equipa no mercado de transferências de Inverno. Uma má notícia que soube pelos jornais. “Não sabia que o presidente ia fazer o comunicado, nem tinha que saber. Em relação aos reforços, não tínhamos falado disso”, referiu, sem mais comentários.

Após a derrota frente ao Chelsea (3-1), em Inglaterra para a Liga dos Campeões, o empate caseiro com o Moreirense (1-1) para o campeonato, e o triunfo muito sofrido com o Vizela (3-2), para a Taça de Portugal, o Sporting terá obrigatoriamente de reagir na Madeira, no terreno de um adversário que não costuma facilitar os objectivos do “leão”. Em 19 embates na Choupana, em todas as competições, os lisboetas venceram oito, empataram outros tantos e perderam três.

Em sete partidas disputadas em casa esta temporada para o campeonato, o Nacional perdeu apenas duas (Moreirense e Benfica), o que deixa o treinador Manuel Machado optimista e ambicioso para a recepção ao Sporting: “Temos estado bem em casa e espero que façamos uma boa exibição, aliando a isso a aquisição dos três pontos.”