O montante pago pelos clubes da Liga inglesa a intermediários aumentou pelo quinto ano consecutivo. Os dados divulgados nesta segunda-feira pela Premier League mostram que os 20 clubes do principal escalão do futebol inglês gastaram entre 1 de Outubro de 2014 e 30 de Setembro de 2015 um total de 185 milhões de euros com agentes. Um valor que inclui a intermediação de transferências, a negociação de contratos e também pagamentos assumidos pelos clubes em nome dos jogadores.

O clube inglês que mais gastou com agentes no último ano foi o Liverpool: 20,4 milhões de euros. Praticamente o mesmo que tinha pago na temporada anterior, em que ficou atrás do Chelsea na hierarquia dos gastadores. O clube orientado por José Mourinho reduziu a factura com intermediação em quase sete milhões de euros, tendo aplicado “apenas” 17 milhões nesta rubrica. Os londrinos caíram de primeiros para quartos nesta escala.

No extremo oposto, o Watford foi o emblema que menos dinheiro pagou a agentes no período em análise: 2,3 milhões de euros. Seguem-se o Bournemouth (3,3 milhões) e o Norwich City (3,5). Houve emblemas do Championship, o segundo escalão do futebol inglês, a gastar mais do que estes clubes. Foi o caso do Cardiff City (4 milhões de euros) e do Fulham (3,9), enquanto Readig e Queens Park Rangers investiram 3,4 milhões cada.

Os dados da Premier League também permitem perceber que quem gasta mais não gasta necessariamente melhor. Basta olhar para os dois clubes que partilham a liderança do campeonato à 14.ª jornada: o Manchester City pagou mais do triplo do montante gasto pelo Leicester City com intermediários. Os citizens foram os terceiros mais gastadores (17,7 milhões de euros), enquanto os foxes foram os sextos que menos pagaram a agentes (5,7).

Desde Junho de 2008 que a Premier League obriga os clubes a tornar públicos os montantes pagos a agentes autorizados. A iniciativa tornou mais transparente o futebol inglês e mostra que os clubes têm vindo a gastar mais a cada ano. Entre 1 de Outubro de 2013 e 30 de Setembro de 2014 tinham sido gastos 164,2 milhões de euros, contra 137,7 milhões no ano anterior. Os pagamentos relativos a 2011-12 ascendiam a 109,7 milhões, pouco mais do que na época anterior (102,4).