Luís Castro: "Gritar bem alto que somos favoritos não nos leva a nada"

O treinador do FC Porto espera um bom resultado na quinta-feira, frente ao Sevilha, na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa.

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AFP

"Salvar [a época] é uma palavra demasiado forte para a história que o FC Porto tem. Amanhã [quinta-feira], é um jogo importante que nos pode levar a uma conquista. A passagem às meias-finais, para chegar a uma final europeia, é o que todos os jogadores ambicionam", defendeu o técnico, quando questionado se a vitória na Liga Europa podia ser a salvação da época.

Na terceira posição da I Liga, a 15 pontos do líder Benfica e a oito do Sporting, Luís Castro reforçou que "este momento é de conquista" e recordou que o FC Porto está ainda apostado, e bem encaminhado, em marcar presença nas finais da Taça de Portugal e da Taça da Liga.

Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com a formação andaluza, o treinador garantiu que pretende um FC Porto "atrevido", "corajoso", "determinado" e "com os olhos postos na baliza do Sevilha", defendendo que se o clube for fiel aos seus princípios vai conseguir um bom resultado, mesmo que o adversário esteja bem.

"Paixão", "dedicação" e "apoio dos sócios" são os suportes que o treinador portista considera fundamentais para o FC Porto levar de vencida a equipa espanhola, que vem moralizada pela série de bons resultados obtidos na Liga espanhola e na Liga Europa.

"O Sevilha vem de um conjunto de resultados muito positivos, está optimista, mas nós também. Esperamos vencer esta primeira parte da eliminatória, sem sofrer golos, e obter um resultado que nos dê esperança para seguir em frente", referiu.
O treinador dos "dragões" destacou que, nesta altura da prova, em que estão oito boas equipas presentes, todas têm hipóteses de erguer o troféu na final e vaticinou jogos equilibrados, difíceis, apertados, em que "falar de candidatos é um atrevimento".

"Se dissermos todos [os treinadores das oito equipas em prova] que somos favoritos e isso levar a uma vitória, então vamos todos gritar bem alto que somos favoritos, mas isso não nos leva a nada", explicou Luís Castro.
O treinador abordou ainda as oscilações sentidas no nível de futebol praticado pela equipa, justificando que os jogadores não são máquinas, e apontou que cada jogo tem o seu contexto, pelo que não faz sentido falar e comparar jogos passados.

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