Liga de Clubes terá eleições antecipadas até ao final do mês

Luís Duque anunciou no Conselho de Presidentes que abandona o cargo e que vai considerar uma eventual recandidatura.

Foto
Luís Duque terá o apoio da maioria dos clubes para se manter como presidente da Liga Ricardo Castelo\ NFACTOS

Luís Duque comunicou nesta terça-feira aos presidentes dos clubes profissionais que vai convocar eleições para a direcção da Liga de Clubes estando ainda a “ponderar” uma eventual recandidatura. A saída do presidente do organismo permitirá que seja realizada uma alteração do modelo de gestão da entidade e estava já prevista desde que Duque assumiu a presidência. Embora ainda não haja uma data marcada, as eleições deverão ter lugar até ao final deste mês.

O anúncio de Luís Duque foi feito durante o Conselho de Presidentes, que se realizou antes da Assembleia Geral extraordinária da Liga de Clubes, que teve lugar em Santa Maria da Feira, e os clubes presentes aprovaram de imediato uma moção de confiança a Duque, expressando o seu apoio ao presidente da estrutura, que foi eleito temporariamente há cerca de um ano. A moção foi apresentada pelo Gil Vicente e foi aprovada por unanimidade - o Sporting, que recentemente suspendeu Duque enquanto sócio do clube, não se opôs à proposta.

Bruno Mascarenhas, representante dos "leões" na reunião, disse que o Sporting é favorável à realização de novas eleições, mas reforçou a sua discordância quanto à continuidade de Duque.

O Sporting mostrou-se satisfeito com a marcação de eleições para a direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), mas revelou que continuará a manter uma posição desfavorável quanto à presença de Luís Duque na liderança do organismo. "Irão haver eleições, que é o que sempre defendemos, agora se iremos apresentar um candidato isso será uma posição do presidente Bruno de Carvalho", disse o dirigente 'leonino', abordando de forma implícita a posição do clube sobre a continuidade de Luís Duque. "Julgo que a posição do Sporting é clara sobre o nosso sócio suspenso", acrescentou.

No final da Assembleia Geral da Liga, Luís Duque agradeceu o apoio manifestado pelos clubes e mostrou-se satisfeito com o trabalho desenvolvido enquanto esteve à frente dos destinos do organismo que gere o futebol profissional em Portugal.  “Estou satisfeito com o trabalho desenvolvido e com o apoio manifestado pelos clubes. Assumi esta missão pelo desafio que me colocaram e porque era uma emergência. A paz social que reinou entre os clubes também foi fundamental para as reformas que conseguimos implementar”, referiu Duque, que vai considerar uma eventual recandidatura ao cargo: “Fiz um intervalo na minha vida, com prejuízo da minha actividade profissional, e terei de ponderar. Entendi o voto que me foi dado pelos clubes como um reconhecimento pelo meu trabalho e agora a Liga de Clubes vai entrar numa nova fase. O principal objectivo era devolver a Liga aos clubes e isso foi atingido.”

Na Assembleia Geral, foram aprovadas as contas relativas aos dois anos da gestão de Mário Figueiredo, que se saldaram em prejuízo de 1,2 milhões de euros (2013) e de 2,5 milhões (2014). No actual exercício, não haverá qualquer prejuízo, embora o passivo actual da Liga de Clubes seja de cerca de sete milhões de euros, valor que já foi amenizado no actual exercício 2014-15.

Sugerir correcção
Comentar