Kipchoge e Cherono ganham em Berlim com melhores marcas do ano

A atleta queniana melhorou em 48 segundos o anterior recorde pessoal.

Foto
Eliud Kipchoge no momento de cortar a meta John Macdougall/AFP

Os quenianos Eliud Kipchoge, no lado masculino, e Gladys Cherono, no feminino, sagraram-se vencedores da 42.ª edição da maratona de Berlim e, num belo e fresco dia de sol, obtiveram as melhores marcas mundiais de 2015, logo neste arranque do período de corridas de Outono/Inverno para os clássicos 42.195m. Kipchoge, de 30 anos, terminou em 2h04m exactas e bateu o seu anterior melhor tempo, estabelecido no ano passado no mesmo percurso, por cinco segundos. Cherono, ano e meio mais velha, fez 2h19m25s, cortando o recorde pessoal por 48 segundos.

Sempre que se corre a maratona de Berlim fala-se de recorde mundial, especialmente no que se refere à prova masculina, e neste domingo não foi excepção. Ao fim e ao cabo, as duas últimas edições do certame renderam melhores marcas de sempre, pelos quenianos Wilson Kipsang (2h03m23s em 2013) e Dennis Kimetto (2h12m57s no ano passado). Desta vez, não houve recorde, mas a corrida foi de elevadíssimo quilate.

O ritmo mantido pelas três lebres que acompanharam os seis mais fortes fundistas africanos em prova foi bom, mas sempre algo distante do que fora produzido em 2014. Depois da meia-maratona, atravessada em 1h01m53s, já se sabia que o recorde não iria cair. A última lebre nem chegou aos 30km e nessa altura mais parecia travar a frente da prova do que outra coisa.

A selecção definitiva começou aí e Eliud Kipchoge, se bem que tenha tido desde início problemas com ao seu sapatos de corrida, com a saída parcial das duas palmilhas, atacou decidido aos 31,7 km e não mais olhou para trás. A distância para os outros foi sempre aumentando e, na meta, era de 1m21s para o seu perseguidor, Eliud Kiptanui (2h05m21s). O etíope Feyisa Lilesa fechou o pódio com 2h06m57s, adiante de mais dois quenianos, Emmanuel Mutai (2h97m46ds) e Geoffrey Mutai (2h09m29s). Em sétimo, com 2h10m31s, o belga Koen Naert era o melhor europeu.

Eliud Kipchoge confirma-se, com este resultado de 2h04m00s, como o sexto melhor de sempre e tem agora cinco vitórias em seis maratonas.

No lado feminino, Gladys Cherono escapou à etíope Aberu Kebede aos 32km, esta recuperou, mas um segundo ataque da queniana deixou-a livre para um triunfo, que, com o resultado de 2h19m25s, faz dela a sétima melhor de sempre. Kebede fez 2h20m48s, e a seguir chegaram outras duas etíopes, Meseret Hailu (2h24m33s) e Tadelech Bekele (2h25m01s), e a holandesa Andrea Deelstra (2h26m46s).

 

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