Ronaldo marca mas não evita derrota do Real Madrid em Turim

Português somou o nono golo na presente Liga dos Campeões, mas Morata e Tévez acabaram por confirmar o triunfo da Juventus. Os espanhóis não vencem em Turim desde 1962.

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Tévez festeja o golo da vitória da Juventus Stefano Rellandini/Reuters

Turim continua a ser uma cidade aziaga para o Real Madrid, que só por uma vez, em 53 anos, ali venceu, precisamente no primeiro confronto com a Juventus para as competições europeias, em 1962. Uma derrota, por 2-1, foi o desfecho de mais esta visita ao terreno dos campeões italianos, que irão defender a curta vantagem dentro de uma semana na capital espanhola, na decisão do acesso à final da Liga dos Campeões, em Berlim. Cristiano Ronaldo ainda deu esperança aos “merengues” na primeira parte, mas o golo do português (que já soma nove nesta edição da Champions) acabou por ser curto para quebrar a tradição.

Erros defensivos dos campeões europeus acabaram por ditar a sorte desta primeira mão das meias-finais da competição milionária, mas também houve alguma infelicidade da equipa espanhola, que viu a barra impedir um golo que a colocaria em vantagem ainda na primeira metade. A Juventus aproveitou as “ofertas” dos visitantes, impondo a primeira derrota fora de casa ao Real Madrid nesta temporada, na Champions.

Uma entrada demolidora dos italianos na partida acabou por surpreender o conjunto espanhol, que se viu em desvantagem logo aos 8’, na terceira oportunidade criada pelo conjunto da casa. Marchisio iniciou o lance fatal, ao desmarcar Tévez, que rematou cruzado para uma defesa incompleta de Casillas, sobrando a bola para Morata, ao segundo poste, encostar para o golo. O avançado espanhol, formado nas escolas do Real Madrid e transferido nesta temporada para a Juventus, a troco de 20 milhões de euros, não festejou, por respeito à sua ex-equipa.

O golo madrugador castigava a apatia dos espanhóis nos primeiros instantes do encontro, com grande lentidão de processos e muitas bolas perdidas em zonas proibidas, que colocaram várias vezes em risco as suas redes. O central Sergio Ramos foi um dos protagonistas pela negativa, não correspondendo à aposta de Ancelotti de o adiantar para o meio-campo, numa tentativa de blindar a equipa defensivamente.

Com Benzema afastado do encontro por lesão, o Real jogava sem um ponta-de-lança clássico, com Ronaldo e Bale como as principais referências atacantes. Se o galês teve uma noite desinspirada e foi sempre um alvo fácil de anular pela aguerrida defesa da Juventus, Ronaldo acabou por aparecer a espaços e, quando o fez, criou perigo. Aos 24’, isolado por Isco, esteve perto de marcar, mas seria mais eficaz três minutos depois, quando, solicitado por James, cabeceou para o fundo das redes.

Nesta fase, o Real já equilibrara as forças no relvado, mas o empate levou a uma espécie de tréguas entre as duas equipas, que quebraram um pouco o ritmo frenético que imprimiram à partida até esse momento. A poucos minutos do intervalo, os espanhóis voltaram à carga e estiveram perto de dar a volta ao marcador, quando Isco cruzou para a cabeça de James, que acertou na barra.

O empate a uma bola desagradava naturalmente à Juventus, que regressou dos balneários com a mesma determinação com que iniciara o jogo. Mas seria com uma ajuda do Real que os italianos voltariam a adiantar-se no marcador. Após um canto a favor dos espanhóis, Tévez conduziu um rápido contra-ataque que só foi travado em falta por Carvajal na área madridista. O próprio avançado argentino encarregou-se de cobrar o penálti e fixou o resultado final.

Com o cronómetro a aproximar-se do período crítico, a Juve centrou as suas preocupações na defesa da vantagem mínima, mostrando um pouco daquilo que se pode esperar na partida da segunda mão. Mesmo assim, já nos descontos, Llorente (que rendeu Morata, aos 78’), ainda falhou uma oportunidade soberana em mais uma desatenção do adversário. O resultado é negativo para o Real, mas deixa tudo em aberto para o jogo de Madrid.

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