O problema na baliza está aparentemente resolvido, mas Jorge Jesus pode ser novamente obrigado a mexer no meio-campo, o sector mais problemático da temporada. O Benfica deverá contar com o guarda-redes Júlio César para enfrentar o Bayer Leverkusen na 2.ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões, embora Enzo Pérez esteja em risco de falhar a partida de quarta-feira.

O Benfica viajou para a Alemanha com o jovem guarda-redes Bruno Varela na comitiva (Artur e Paulo Lopes estão lesionados) e com Júlio César ainda a recuperar de lesão. A avaliar pela indicações dadas por Jorge Jesus na conferência de imprensa desta terça-feira, porém, o internacional brasileiro deverá estar apto a jogar.

"Clinicamente parece-nos que está recuperado, mas ainda vai treinar e, se tudo estiver bem, vai para jogo. Se estiver a 100% será ele a jogar", garantiu o treinador dos "encarnados", que tem tido dificuldades em sistematizar uma opção na baliza. 

E se, por um lado, Jesus tem uma dor de cabeça a menos para debelar no sector defensivo, no meio-campo (depois das lesões longas de Fejsa e Ruben Amorim) voltam as tormentas. Enzo Pérez, pedra nuclear da equipa, está em dúvida e a gestão da condição física do argentino é prioritária para o treinador.

"O Enzo saiu com algumas limitações do jogo com o Estoril, só amanhã saberemos se está a 100%. Não posso apenas pensar na Champions, tenho de pensar também no campeonato e no domingo vamos ter mais um jogo importante, por isso, há grandes possibilidades de ser poupado", observou.

Se isso acontecer, entre outras possibilidades, André Almeida poderá avançar para o onze, passando Samaris a fazer o papel que tem cabido a Enzo. Ou então, num plano mais arrojado, Gaitán passar para o meio e Ola John entrar para a ala esquerda.

Seja qual for a solução adoptada, Jesus não tem dúvidas das dificuldades que o esperam. "O Bayer é uma equipa de um dos campeonatos mais fortes da Europa, está a fazer uma boa prova, está actualmente no 3.º lugar e isso, por si só, é sinónimo de que é uma equipa forte”, alertou.

E se é verdade que o Benfica já derrotou os alemães há duas épocas, na Liga Europa, também é certo que muita coisa mudou desde essa altura. "Do onze de então, esta equipa mantém seis ou sete jogadores, mas agora tem um treinador novo, com ideias diferentes e que está a fazer um bom trabalho. Acreditamos que temos capacidade para fazer um bom jogo e trazer pontos da Alemanha, mas para que tal aconteça, temos de estar num nível alto”, adiantou.

E quando lhe perguntam que margem de erro tem a equipa, depois da derrota com o Zenit na 1.ª jornada, o treinador português é claro: “Em caso de derrota será mais difícil recuperar, mas não é impossível. Este grupo é muito forte, equilibrado e competitivo. As equipas são muito semelhantes e qualquer uma tem possibilidade de ser apurada", insistiu.