Jorge Jesus procura minorar historial com o FC Porto para voltar ao Jamor

Treinador do Benfica vai superar Sven-Goran Eriksson no número de duelos travados com o rival. "Dragões" atacam a Taça de Portugal para amenizar uma temporada negativa.

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Patrícia de Melo Moreira/AFP

O 35.º jogo entre Benfica e FC Porto para a Taça de Portugal vai decidir qual das equipas se apura para a final da prova e se o braço-de-ferro entre os dois “grandes” desde que Jorge Jesus chegou à Luz se acentua a favor dos “dragões” ou se é amenizado. Seja qual for o desfecho, é altamente provável que haja golos nesta segunda mão das meias-finais, até porque nunca se registou um nulo nas 34 ocasiões anteriores.

O FC Porto vai entrar no relvado do Estádio da Luz com um golo de vantagem e com uma equipa mais resguardada pelas poupanças realizadas por Luís Castro na 27.ª jornada do campeonato. Pedras-chave como Danilo, Mangala, Alex Sandro e Quaresma repousaram para atacarem em força um troféu que poderá funcionar como ponto de honra numa temporada pouco positiva para os “azuis e brancos”.

Os “dragões” partem, de resto, para este encontro bem mais confortáveis do que na última vez que jogaram a segunda mão das meias-finais da competição com o Benfica, em 2010-11. Nessa época, os “encarnados” venceram no Dragão na primeira mão (2-0), mas seria o FC Porto a chegar à final, depois de ter virado a eliminatória em Lisboa (3-1), a 20 de Abril.

Essa foi uma das oito derrotas sofridas pelos “encarnados” às mãos do rival na era Jorge Jesus. Desde que o técnico chegou ao Benfica, defrontou o FC Porto por 15 vezes e somou ainda cinco triunfos (dois no campeonato, dois na Taça da Liga e um na Taça de Portugal) e dois  empates (2-2, em ambos os casos). Amanhã, quando pisar a área técnica do banco das “águias”, Jesus vai ultrapassar Sven-Goran Eriksson em número de duelos com os “dragões” (o sueco registou cinco vitórias, cinco empates e outras tantas derrotas).

Os recordistas de clássicos com o FC Porto no banco do Benfica são Janos Biri (de 1939-40 a 1946-47) e Otto Glória (1954-55 a 1958-59 e 1967-68 a 1969-70), ambos com 18 encontros. A diferença é que o húngaro fechou as contas com um saldo bem mais favorável: 10 vitórias, um empate e sete derrotas contra quatro vitórias, seis empates e oito derrotas do brasileiro.

Amanhã, porém, abre-se um novo capítulo do frente-a-frente entre os dois rivais. Do lado dos “encarnados”, o objectivo é regressar ao Estádio do Jamor, onde já marcaram presença em 33 ocasiões, a última das quais na época passada, quando perderam o troféu para o V. Guimarães (2-1). Jorge Jesus, de resto, depois de duas presenças na final (a primeira aconteceu ao serviço do Belenenses, em 2006-07), nunca conquistou uma competição pela qual já admitiu ter um sentimento especial.

Para tentar chegar ao palco da final, o técnico do Benfica deverá escolher um “onze” bem mais próximo daquele que tem utilizado na Liga do que tem feito até agora. Se, no encontro da primeira mão, deixou de fora cinco habituais titulares (Oblak, Siqueira, Enzo Pérez, Markovic, Gaitán e Lima), desta vez é pouco provável que faça uma gestão tão ampla, até porque está obrigado a inverter o resultado.

Em dúvida para o encontro estão Jan Oblak (que foi vítima de um traumatismo craniano no jogo com o Arouca), Luisão, Fejsa e Ruben Amorim, todos por lesão. Isto para além de Sílvio, que vai falhar o resto da temporada na sequência da fractura que sofreu na tíbia durante o encontro frente ao AZ, para a Liga Europa.

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