Vítor Pereira pode já ter entregado o título mas os jogadores do FC Porto não

Na Madeira, frente ao Nacional, os “dragões” venceram e impediram que o Benfica pudesse sagrar-se campeão na segunda-feira, o que poderia ocorrer em caso de derrota “azul e branca” e triunfo “encarnado”.

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Lucho fez um dos golos na vitória do FC Porto Gregório Cunha/AFP

A ideia passou durante a conferência de imprensa dada pelo treinador do FC Porto antes da partida na Madeira, frente ao Nacional. Para o técnico, já está encontrado o campeão, mas o caminho que levará o Benfica ao título está “sujinho”, encardido por erros de arbitragem. No fundo, Vítor Pereira entregou as faixas ao rival lisboeta. Mas os jogadores “azuis e brancos” não parecem partilhar esta convicção do seu treinador e neste sábado, na Madeira, venceram de forma concludente o Nacional por 3-1, mantendo acesa a esperança.

A poucos dias do duelo entre os dois primeiros da classificação no Estádio do Dragão, com os benfiquistas agora com um só ponto de vantagem sobre os portistas mas, com um jogo a menos, tudo continua em aberto.

Sabedores de que uma derrota na Choupana podia abrir caminho a uma festa prematura do Benfica, a entrada em jogo dos “dragões” foi fulminante.

Com uma frente de ataque composta por Varela, James e Jackson Martínez, foram precisamente estes três jogadores que construíram o lance do primeiro golo, logo aos 10 minutos, com o internacional português a evitar que a bola saísse pela linha de fundo, entregando-a a Jackson, que cruzou para o desvio de James.

Sem deixar o Nacional entrar no jogo, Mangala dilatou a vantagem.

Pouco depois de ter enviado a bola à barra, o defesa central francês, que jogou na lateral, marcou de calcanhar, embora em posição irregular por muito pouco.

Estava feito o 2-0 que só durou um par de minutos, pois um penálti cometido sobre Varela e convertido por Lucho dilatou ainda mais a vantagem.

Com 22 minutos disputados, o FC Porto vencia por 3-0 e o jogo tinha pouco mais para contar.

O Nacional, que ainda tinha esperanças de lutar por um lugar que dê acesso às competições europeias não mostrou capacidade para chegar lá e foi totalmente inofensivo durante quase toda a primeira parte.

Mesmo assim, antes do intervalo, um penálti cometido por Mangala, que desviou a bola com a mão no interior da grande área portista, permitiu a Candeias diminuir a diferença no marcador.

Mas se alguém esperava que o golo sofrido pouco antes do intervalo iria intranquilizar o FC Porto e galvanizar o Nacional depressa percebeu que tal não ocorreria.

Os portistas continuaram donos e senhores do encontro no segundo tempo como bem provam os números. Só em remates, o FC Porto goleou a equipa da casa por 10-23, enquanto na posse de bola a diferença foi de 37% contra 63%.

Agora é a vez do FC Porto ficar a ver o que o Benfica fará frente ao Estoril, na segunda-feira. Uma escorregadela e o clássico do próximo fim-de-semana será ainda mais escaldante.

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