João Sousa coloca Portugal na II Divisão da Taça Davis
O tenista português conquistou o ponto que faltava para confirmar a subida de escalão à selecção nacional.
João Sousa demonstrou neste domingo que era de outra dimensão na batalha dos números um nacionais, impondo uma pesada derrota ao bielorrusso Uladzimir Ignatik para levar Portugal ao grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis em ténis.
O 48.º jogador mundial vingou o desaire do primeiro encontro de singulares do play-off com a Bielorrússia, com uma clara vitória por 6-1, 6-1 e 6-4, que assegurou a subida da selecção portuguesa à segunda divisão da Taça Davis.
A vitória nos pares aliviou a pressão sobre a selecção lusa e neste domingo, debaixo de um sol intenso e perante as bancadas repletas do Clube de Ténis de Viana do Castelo, João Sousa mostrou claramente o porquê de ser o mais cotado jogador português.
Com 2-1 à melhor, o vimaranense teve o primeiro ponto para quebrar o serviço do adversário, conquistando-o com inteligência e serenidade. Talvez abalado pelo break sofrido, Uladzimir Ignatik somou erros não forçados e concedeu nova oportunidade ao português, que converteu os dois breaks de que dispôs e embalou para o triunfo por 6-1 no primeiro set, em apenas 23 minutos.
O segundo parcial começou com uma sucessão de breaks, com os três primeiros jogos a caírem para quem recebia, até que Sousa segurou o seu serviço lançou-se definitivamente para a vitória no set, por 6-1, depois de quebrar o adversário em mais duas ocasiões.
Apático e conformado, Ignatik tornou o seu desempenho quase embaraçoso e deixou o português dominar o encontro a seu bel-prazer.
Precavido depois da surpresa sofrida na sexta-feira, quando perdeu o encontro de singulares frente a Egor Gerasimov, depois de ganhar os dois primeiros sets por 6-0 e 6-1, Sousa não baixou a intensidade, manteve-se concentrado e, numa exibição irrepreensível, voltou a roubar o serviço ao visitante para adiantar-se no marcador (2-0).
Depois de sete breaks consecutivos no seu serviço, o 209.º tenista mundial conseguiu, finalmente, segurar o seu jogo, subindo, momentaneamente, de nível, ainda que sem causar grande incómodo ao português.
Com o bielorrusso a manter os seus jogos, o vimaranense serviu para fechar e, com a pressão de carregar o sonho de uma selecção nas suas pancadas, entregou o break que alimentou a esperança bielorrussa.
Mas a experiência na alta-roda do circuito mundial, os gritos de Portugal e a qualidade do seu ténis permitiram a Sousa conquistar o decisivo ponto para a selecção portuguesa, ao final de uma hora e 42 minutos.