Jack Warner abandona prisão em ambulância e reaparece em comício eleitoral

Acusado de receber dez milhões de dólares em subornos, o ex-dirigente da FIFA saiu da prisão numa ambulância na última noite.

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Jack Warner horas depois de ter saído da prisão numa ambulância Andrea de Silva / Reuters

O antigo vice-presidente da FIFA, Jack Warner, acusado de receber subornos durante o seu mandato, saiu da prisão onde estava detido desde quarta-feira numa ambulância, depois de ter pago a fiança. Porém, horas depois, o ex-dirigente foi visto de boa saúde num comício político.

Jack Warner foi detido na quarta-feira pelo alegado envolvimento num esquema de subornos em troca de favores enquanto fez parte do Comité Executivo da FIFA e liderou a Concacaf, a confederação norte e centro-americana de futebol. No mesmo dia outros seis dirigentes desportivos foram detidos em vários locais do mundo.

Warner, que se retirou em 2011, entregou-se às autoridades e foi levado para a prisão de Port of Spain, em Trindade e Tobago, de onde é natural. Mas na última noite, o ex-dirigente de 72 anos abandonou o estabelecimento prisional numa ambulância, de acordo com a imprensa local, após pagar uma fiança de 2,5 milhões de dólares tobaguenhos (cerca de 360 mil euros).

Poucas horas depois, porém, Warner foi visto num comício eleitoral do Partido Liberal Independente em Chaguanas. As fotografias da Reuters mostram o ex-dirigente de boa saúde, a dançar e a discursar – Warner é candidato pelo partido que tenta destronar o actual primeiro-ministro, Kamla Persad-Bissessar.

Na acção de campanha, Warner não deixou de se referir às acusações do Departamento de Estado norte-americano contra si. “Se roubei dinheiro da FIFA durante 30 anos, quem é que mo deu? Por que é que não é acusado? Por que é que apenas as pessoas do terceiro mundo é que foram acusadas”, questionou o ex-dirigente caribenho.

A investigação norte-americana diz que Warner recebeu subornos no valor de dez milhões de dólares (cerca de nove milhões de euros) do Governo sul-africano para facilitar a entrega da organização do Mundial 2010 ao país.

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