Já faltam menos de três semanas para acabar a época do FC Porto

A lamber as feridas das eliminações na Liga Europa e Taça de Portugal, os portistas garantiram o terceiro lugar com uma vitória frente ao Rio Ave (3-0), mas o resultado voltou a ser melhor do que a exibição.

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AFP

Mais um jogo, mais uma vitória pouco convincente com uma exibição medíocre, mas uma boa notícia para os adeptos do FC Porto: na pior das hipóteses, os portistas só terão de fazer mais quatro jogos até ao final da época 2013-14. No regresso ao Dragão após as eliminações na Liga Europa e na Taça de Portugal, o FC Porto confirmou o terceiro lugar no campeonato com o triunfo frente ao Rio Ave (3-0), mas nas bancadas, durante quase toda a partida, voltou-se a ouvir mais assobios do que aplausos.

Perdidos o campeonato, a Taça de Portugal e falhada uma prestação honrosa nas competições europeias, neste final de época já pouco mais resta a estes jogadores do FC Porto do que tentar apagar a péssima imagem deixada nestes últimos meses, mas até isso parece ser uma missão impossível. Frente a um Rio Ave já em estágio para as duas finais que ainda terá de disputar, os portistas jogaram sem garra, voltaram a brindar os seus adeptos com 90 minutos de mau futebol, mas três golos na última meia hora camuflaram as lacunas dos “dragões”.

Sem dois dos poucos jogadores que nos tempos mais recentes mostraram ter capacidade para fazer a diferença (Fernando e Quaresma), Luís Castro, que também estava castigado, manteve a previsibilidade habitual. A única meia-surpresa foi a titularidade de Ricardo no lugar de Quaresma, mas apesar de a pressão competitiva ser nula, Quintero voltou a não merecer uma oportunidade no “onze”.

E o FC Porto dos primeiros 45 minutos, versão Defour-Herrera-Josué, confirmou ser uma equipa que merece lutar até à última jornada com o Estoril. Apesar de nos primeiros 10 minutos Ederson ter apanhado dois ligeiros sustos, os portistas foram na primeira parte soporíferos e, com o Rio Ave pouco interessado em queimar calorias, o zero encaixava na perfeição a portuenses e vila-condenses.

Numa cena tantas vezes repetida neste final de época, na segunda parte Luís Castro lançou Quintero e a nota artística do FC Porto melhorou ligeiramente. Com o colombiano no lugar de Josué, os “dragões” ganharam criatividade e acutilância ofensiva, mas foi preciso um brinde de Marcelo para os adeptos portistas terem uma alegria: aos 60’, uma ingenuidade do defesa brasileiro formado no Vasco da Gama resultou num penálti e Jackson agradeceu a benesse para fazer o primeiro golo.

Sem reacção da equipa de Vila do Conde, o segundo não demorou. Novamente com Marcelo a sair mal na fotografia, Herrera aproveitou uma displicência do brasileiro e, com alguma sorte à mistura, fez golo. O (exagerado) 3-0 final, surgiu já em período de descontos, num golo que é uma bela imagem do que foi a partida: livre de Danilo, ressalto na barreira, golo do FC Porto.

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