Inglaterra já não tem de recuar até 1990 para recordar uma vitória sobre o Brasil

Luiz Felipe Scolari estreou-se com uma derrota, em Wembley, por 2-1. A França permitiu a reviravolta à Alemanha no Stade de France.

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Joe Hart, instante depois de ter defendido um penálti de Ronaldinho Adrian Dennis/AFP

No dia 28 de Março de 1990, Gary Lineker marcou, de cabeça, o golo solitário que valeu a Inglaterra uma vitória sobre o Brasil. Até à noite desta quarta-feira, tinha sido a mais recente do historial de 23 jogos entre as duas selecções. Agora na pele de comentador, Lineker voltou a Wembley para assistir ao regresso dos britânicos aos triunfos (2-1), desta vez às custas de Luiz Felipe Scolari.

Talvez seja forçado falar numa entrada em falso tendo em conta que se trata de um jogo de carácter particular, mas a verdade é que o antigo seleccionador de Portugal começou com uma derrota a sua segunda aventura ao leme do Brasil. No dia em que Ronaldinho e Ashley Cole foram distinguidos por atingirem o patamar das 100 internacionalizações (Steven Gerrard recebeu também um boné dourado pelo mesmo feito, atingido em Novembro), o brasileiro desperdiçou uma grande penalidade e permitiu que o adversário chegasse primeiro à vantagem.

Aos 25’, Wayne Rooney aproveitou uma defesa incompleta de Júlio César a remate de Walcott e os ingleses seguraram o resultado até ao intervalo. No regresso, porém, tremeram ao ponto de terem quase comprometido o quarto triunfo em 24 encontros, 20 dos quais amigáveis. Aos 48’, uma perda de bola de Cahill resultou no golo de Fred, aos 50’, um erro de Joe Hart terminou a trave. Cortesia de Fred, novamente.

E seria também na sequência de um erro defensivo, um mau alívio de Arouca, que chegaria o golo decisivo, apontado por Lampard num remate de primeira, aos 60’. O experiente médio, que entrara a substituir Cleverley ao intervalo, certificou-se de que Inglaterra voltava a marcar dois golos ao Brasil, algo que não acontecia desde 1984.

Israel e Azerbaijão cumprem

Em Amesterdão, a renovada Holanda de Louis Van Gaal quebrou a resistência da muralha italiana aos 33’, pelo extremo do PSV Jeremaine Lens. O outro extremo em jogo foi Ola John (o jogador do Benfica foi substituído aos 60’, por Kuyt), que teve Robin Van Persie como referência no eixo do ataque.

A vice-campeã europeia, fiel ao seu estilo, foi mantendo a toada do jogo e espreitando a oportunidade do empate, que surgiu mesmo ao cair do pano, com a assinatura de Verratti, que substituíra De Rossi aos 61’.

No Stade de France, foram os titulares a fazer a diferença no França 1, Alemanha 2. Após 26 minutos sem alvejar a baliza, a selecção da casa chegou à vantagem por Valbuena, aos 44’. Foi suficiente para ir para o intervalo na frente, mas não para garantir o triunfo, porque a reacção germânica foi materializada por Müller (51’) e Khedira (74’), que ajudaram a Alemanha a passar com distinção em Paris.

Quem também passou com nota positiva este dia de preparação foram os dois próximos adversários de Portugal em jogos a doer, na caminhada para o Mundial de 2014. Israel venceu a Finlândia por 2-1, com o golo decisivo, de Rafaelov, a ser apontado aos 90’; o Azerbaijão bateu o Liechtenstein por uma margem modesta: 1-0.

Já a Irlanda do Norte, também uma das representantes do Grupo F de qualificação da UEFA, empatou sem golos em Malta, ao passo que a Rússia se impôs na Islândia por 2-0, com golos de Shirokov e Shatov.
 

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