Foram 25 anos a mostrar cartões amarelos e vermelhos, mas para Howard Webb chegou o momento de colocar um ponto final na carreira de árbitro. O ex-sargento da polícia britânica de 43 anos anunciou nesta quarta-feira a despedida da arbitragem, mas vai continuar a trabalhar na área: será director técnico da associação de árbitros profissionais ingleses – será o responsável pelos padrões a que devem obedecer os juízes do futebol inglês. Para além disso, pela sua visibilidade, vai ser uma espécie de “rosto” do organismo, com a função de educar e informar o público sobre a arbitragem.

“Estou muito entusiasmado para começar este novo capítulo na minha carreira, após 25 anos maravilhosamente compensadores em campo. Passei mais de uma década no melhor lugar possível dos jogos da Premier League, tive a sorte de estar envolvido em nove torneios da UEFA e da FIFA e fui responsável pelas finais da Liga dos Campeões e Campeonato do Mundo. A arbitragem deu-me muito e é importante que os árbitros que tiveram essas oportunidades transmitam o seu conhecimento”, sublinhou Webb em declarações reproduzidas pela página oficial da Premier League na Internet.

Howard Webb começou a apitar jogos dos escalões mais baixos em 1989, tendo chegado ao grupo de elite do futebol inglês em 2003. A estreia internacional de Webb aconteceu em 2005. A 15 de Novembro desse ano, o árbitro inglês esteve em Belfast para apitar um jogo particular entre a Irlanda do Norte e Portugal que terminou com 1-1 no marcador. A selecção era então orientada por Luiz Felipe Scolari.

Conta no currículo mais de 500 partidas da Premier League e Football League (segundo escalão). Em 2010 tornou-se no primeiro árbitro a apitar, no mesmo ano, a final da Liga dos Campeões e do Campeonato do Mundo. Na final da África do Sul, porém, nem tudo lhe correu bem: deixou passar em claro o pontapé que o holandês Nigel de Jong aplicou no peito do espanhol Xabi Alonso.