Hélder Rodrigues mantém uma tradição que dura desde 2006

O motard português venceu a sexta etapa do Dakar, enquanto Paulo Gonçalves foi o terceiro mais rápido do dia. Nos automóveis prossegue a hegemonia da Mini e o passeio de Nasser Al-Attiyah.

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Hélder Rodrigues foi o mais rápido no dia Jean-Paul Pelissier/Reuters

É já uma espécie de tradição. Desde 2006 que pelo menos uma etapa do Dakar é ganha por um piloto português (seja em motos ou em automóveis). Nesta sexta-feira, Hélder Rodrigues (Honda) assegurou a continuidade do hábito por mais um ano, depois de ter triunfado na sexta tirada do Dakar, que ligou Antofagasta a Iquique (318kms cronometrados).

“Foi uma boa jornada, parti bem e tentei atacar no início. Depois, quando alcancei o Joan [Barreda] e o Marc (Coma), já não quis atacar mais até ao final, para não me meter na confusão da corrida”, disse o piloto após terminar a tirada.

Rodrigues, que já tinha vencido cinco etapas em edições anteriores e que, na geral, teve como melhor classificação final o terceiro lugar (em 2011 e 2012), salientou o facto de estar a melhorar o seu desempenho à medida que a prova decorre. “O mais importante era subir na classificação geral, para o final da corrida. No início estive sempre com gripe, doente, depois tive um problema mecânico mas hoje [nesta sexta-feira] pude recuperar algumas posições que tinha perdido”, comentou o português antes de os motards terem direito a um dia de descanso.

Com o resultado de sexta-feira, Rodrigues deu um salto na classificação geral e subiu de 10.º para 6.º, encurtando a diferença que o separa do líder Joan Barreda (Honda) de 43m24s para 36m04s.

A sexta etapa também foi positiva para outro motard nacional. Paulo Gonçalves (Honda) terminou a tirada em terceiro, conservando aquela posição também na geral. Gonçalves ganhou ainda tempo para os homens da frente — 5m40s a Barreda e 7m30s a Coma.

Quanto aos outros dois portugueses em prova nas motos, Ruben Faria esteve discreto e perdeu um lugar na geral. “Senti-me muito bem fisicamente e sem cometer excessos fechei esta primeira fase da prova de acordo com as minhas expectativas”, declarou no final à sua assessoria de imprensa. Já Mário Patrão sofreu para terminar a tirada e baixou várias posições.

O líder da geral continua a ser o espanhol Joan Barreda que, apesar de ter sido quinto na tirada, ainda roubou mais alguns segundos a Marc Coma.

Nos automóveis, o triunfo pertenceu a Nasser Al-Attiyah (Mini), que até ao momento tem ganho uma etapa a cada dois dias. A hegemonia da Mini continua a ser absoluta, com triunfos dos carros alemães em todas as tiradas.

O piloto catari, vencedor em 2011, vai, paulatinamente, dilatando a sua vantagem para o seu perseguidor mais directo, o sul-africano Giniel de Villiers (Toyota), enquanto assiste ao desabar da concorrência — o saudita Yazeed Alrajhi, terceiro, já está a mais de 28 minutos, o espanhol Nani Roma, vencedor o ano passado, não incomoda desde a etapa inaugural, quando perdeu mais de seis hoas devido a um problema eléctrico no seu Mini, e o também espanhol Carlos Sainz (Peugeot), vencedor em 2010, desistiu anteontem.

Carlos Sousa teve um bom dia. Reentrou nos dez primeiros da geral, subindo três posições. com agências

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