"Tenho uma carreira inteira pela frente". Foi com essas palavras que o tricampeão mundial, Ayrton Senna, abandonou a sua primeira corrida na Fórmula 1 em 1984 (GP do Brasil). Naquela época, o brasileiro não tinha um potente McLaren. O seu Toleman (hoje da Renault) levou-o a abandonar sete dos 14 Grandes Prémios em que participou. Mesmo assim, Senna já mostrava que tinha potencial, e conquistou 16 pontos no seu primeiro ano de Fórmula 1.

O ponto alto da primeira época do brasileiro foi no Mónaco, quando Ayrton, depois de partir do 13.º posto, ameaçou a vitória do futuro rival, Alain Prost. O piloto brasileiro estava em segundo lugar quando a corrida foi interrompida por causa das más condições climatéricas.

Desde então, Senna passou de rookie (iniciante) para piloto principal da Lotus (1985), onde ganhou o seu primeiro Grande Prémio, curiosamente em Portugal. Transformou-se, na McLaren, em tricampeão (1988, 1990 e 1991), e, desde então, tornou-se numa lenda. O piloto foi, inclusive, considerado pela Autosport como o “melhor piloto de todos os tempos”. Melhor de sempre, ou não, a verdade é que nunca ninguém correu na chuva como Ayrton Senna.

Capacete à medida do Brasil
Para celebrar os 30 anos da primeira corrida do brasileiro, o Instituto Ayrton Senna lançou dois modelos de capacetes desenhados por Alan Mosca, filho de Sid Mosca, o antigo responsável pela concepção dos acessórios do piloto durante a sua carreira.

Com 161 peças cada, em alusão ao número de Grandes Prémios disputados pelo piloto, os capacetes custam, em média, 2600 reais (cerca de 765 euros). Parte do valor de cada produto é destinada ao Instituto, cujo objectivo é melhorar a qualidade da educação no Brasil, e que já ajuda cerca de dois milhões de crianças carenciadas.

Ainda em 2014, no dia 1 de Maio, vão fazer exactos 20 anos desde que o piloto brasileiro morreu no Grande Prémio de São Marino, em Ímola.