A greve dos jogadores chilenos, em protesto contra a suspensão do sistema de promoções e despromoções, obrigou a Liga a adiar o início dos campeonatos, inicialmente agendado para o próximo fim-de-semana. Após reunião na última segunda-feira, o Sindicato dos Jogadores Profissionais (Sifup) decidiu manter o apelo à greve, tendo como consequência imediata o adiamento das primeiras jornadas.

A nova calendarização será oportunamente comunicada, anunciou entretanto a Liga chilena em comunicado, lamentando a decisão do sindicato dos jogadores, bem como os efeitos negativos para os campeonatos, os adeptos e os próprios jogadores. 

Os futebolistas contestam a decisão da Liga chilena de suspender, na próxima temporada, todas as subidas e descidas, medida usada como forma de pressão para que seja declarada a situação financeira dos clubes.

A Liga assegura que esta medida é excepcional e promete regressar ao sistema habitual, divulgando os números que revelam que as finanças da maior parte dos clubes estão no vermelho. Apesar do sucesso recente do futebol chileno, com a conquista da Copa América (pela segunda vez na história), a realidade diz que desde a demissão do presidente da federação, Sergio Jadue, implicado no escândalo que abalou a FIFA, a crise se agudizou.

Uma auditoria recente revela graves irregularidades, tendo Jadue admitido a participação no esquema de corrupção agora investigado, estando actualmente a colaborar com a Justiça norte-americana.