Golo do Tahiti foi a maior surpresa na vitória robusta da Nigéria

A selecção africana impôs-se por 6-1 e assumiu a liderança do Grupo B da Taça das Confederações. Elderson, do Sp. Braga, fez dois golos.

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O ponto alto da história da selecção do Tahiti aconteceu em 2012, na Taça das Nações da Oceânia. Ao bater a Nova Caledónia na final (1-0), a 138.ª equipa do ranking da FIFA garantiu uma vaga na Taça das Confederações deste ano, no Brasil, prova na qual se estreou esta segunda-feira com uma derrota por 1-6 frente à Nigéria. Apesar do apoio vindo das bancadas, a modesta formação da Polinésia Francesa foi incapaz de responder em campo ao capital de simpatia que parece granjear fora dele.

Marama Vahirua, avançado de 33 anos, é o único jogador profissional da selecção e o único a actuar fora da ilha, mais concretamente no Panthrakikos, da Grécia. Isto diz muito sobre o potencial de uma equipa com muito pouca experiência em palcos internacionais. Esta segunda-feira, essa imaturidade veio ao de cima, logo nos primeiros minutos. Se o primeiro golo foi uma questão de infortúnio (o remate de Elderson, aos 5’, bateu num defesa e traiu o guarda-redes Samin), o segundo foi fruto apenas da ingenuidade: uma má troca de bola à frente da área terminou com um bom lance individual de Oduamadi.

A perder por 2-0 aos 10’, o Tahiti ficou desde cedo fora de combate. Oduamadi, avançado dos italianos do Varese, ampliou a contagem aos 26’ num ressalto e até aos 54’ houve mais um punhado de boas ocasiões para os africanos aumentarem a vantagem. Mas nesse minuto, o 54, Jonathan Tehau fez o improvável: um golo, o seu quinto pela selecção. De cabeça, na sequência de um canto, aproveitou a passividade de Enyeama para fazer o primeiro golo tahitiano na prova, deixando em delírio grande parte das bancadas do Estádio Mineirão, em Belo Horizonte.

A este capítulo dourado, Tehau (um dos quatro familiares que fazem parte da selecção) juntaria depois um mais negro, com um autogolo aos 69’ para ajudar a engordar o triunfo do adversário, que ainda faria o 5-1 por Oduamadi (completou um hat-trick) e o 6-1 novamente por Elderson, o lateral esquerdo do Sp. Braga que despertou no Brasil a sua veia goleadora.

Graças a este resultado, o segundo mais desnivelado da história da prova (só superado pela goleada de 6-0 imposta pelo Brasil à Austrália, na final da edição de 1997), a Nigéria isola-se na liderança do Grupo B, com os mesmos três pontos de Espanha e mais três golos marcados.
 
 

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