Golfista dos “três corações” disputa título no US Open

Já com dois transplantes, Erik Compton era segundo classificado à partida para a última volta em Pinehurst, só atrás de Martin Kaymer.

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Sam Greenwood/AFP

Mesmo tendo piorado sete shots na terceira volta do US Open em relação às duas primeiras (65-65-72), Martin Kaymer manteve-se confortavelmente instalado na liderança do segundo major do ano, mas a grande sensação de sábado foi o norte-americano Erik Compton, já com dois transplantes de coração no seu historial clínico.

No sábado, este golfista de Miami (Florida), de 34 anos, 187.º no ranking mundial, foi co-autor do melhor resultado do dia, 67 pancadas – 3 abaixo do par 70 – no campo no n.º2 do Pinehurst Resort, Carolina do Norte. E subiu para o segundo lugar empatado com o compatriota Ricky Fowler, o outro jogador que também marcou 67. Estavam ambos a cinco shots de Kaymer.  

“Acho que a minha atitude se encaixa no estilo do US Open, porque eu nunca desisto. Sou extremamente duro comigo próprio, mas tenho tendência para esquecer os maus shots e passar ao buraco seguinte”, afirmou Compton, que iniciava a última volta à hora de fecho desta edição, em parelha com o sueco Henrik Stenson, n.º2 mundial.

Quando Compton tinha 9 anos, foi-lhe diagnosticado cardiomiopatia viral, que obrigou a dois transplantes, o primeiro em 1992, com 12 anos, o segundo em 2008. Por ocasião deste último, a caminho do hospital, telefonou à sua mãe a despedir-se: “Não vou conseguir…”, comunicou-lhe. Não só sobreviveu como, seis anos depois, se colocava na luta pela vitória no US Open.

A pressão estava toda do lado de Kaymer, antigo n.º1 mundial, actual 28.º no ranking, que podia tornar-se o primeiro a vencer o Players Championship e o US Open no mesmo ano e, ao mesmo tempo, conquistar o seu segundo major – venceu o PGA Championship em 2010. Somava 202 (-8), contra as 207 de Fowler e Compton e as 208 de Dustin Johnson e Henrik Stenson. O inglês Justin Rose, detentor do título, estava em 10.º, com 211.

Pedro Figueiredo obteve ontem a sua melhor marca do ano no Challenge Tour, por ocasião do Najeti Hotels et Golfs Open, em Lumbres, França. O jovem campeão nacional de profissionais terminou no lote dos 19.ºs, com um total de 286, 2 acima do par 71 no campo do Aa Saint Omer Golf Club. A prova foi ganha pelo espanhol Jordi Garcia Pinto, com 277 (-7).

“Comecei muito bem, com bons shots e a meter putts. Ao final de nove buracos ia com três abaixo e perto dos lugares cimeiros. Infelizmente, na segunda metade do campo, mais difícil, as coisas não me correram bem e fiz quatro bogeys”, explicou o Figueiredo, que superou desta forma o 33º posto no Challenge da Catalunha.

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