Goleada de Mourinho em Liverpool mantém Chelsea no topo da Premier League

United empatou com o recém-promovido Burnley a zero bolas e continua sem vencer em Inglaterra. O campeão Manchester City foi surpreendido em casa pelo Stoke City

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José Mourinho comemora a goleada no terreno do Everton Dylan Martinez/Reuters

O público que encheu as bancadas de Goodison Park este sábado, em Liverpool, perspectivava um bom espectáculo de futebol, mas poucos antecipariam o autêntico festim de golos no confronto entre Everton e Chelsea. Com uma entrada fulminante na partida, a equipa de José Mourinho (adversária do Sporting na fase de grupos da Liga dos Campeões) começou a construir uma goleada que terminou em 6-3. Um resultado que mantém os londrinos no topo da Premier League, em igualdade com o Swansea. O Tottenham pode juntar-se a esta dupla se bater o Liverpool em casa, este domingo.

Golos é coisa que não tem faltado ao Chelsea nestas primeiras jornadas do campeonato. Mourinho já festejou 11 em apenas três jornadas disputadas. E um dos principais responsáveis por esta fartura é Diego Costa, o hispano-brasileiro que o técnico português foi buscar ao Atlético de Madrid. O avançado está a corresponder às expectativas e ainda não ficou em branco esta temporada. Foi para Liverpool com dois na bagagem e saiu do recinto do Everton com outros tantos, abrindo e encerrando o marcador.

O primeiro golo de Diego Costa em Goodison Park chegou 40 segundos após o apito inicial; o segundo veio nos descontos finais. Entre os dois, assistiu-se a um encontro emocionante, com mais sete golos. O Everton, que foi surpreendido pelo arranque avassalador do Chelsea, com dois golos em três minutos (o segundo foi apontado pelo sérvio Ivanovic), demorou a reagir, mas conseguiu faze-lo ainda antes do intervalo, com o belga Mirallas a reduzir aos 45’.

O golo premiava o Everton, que recuperou a compostura e mostrou-se um conjunto sólido durante a primeira metade. Mas o segundo tempo seria fatídico para a equipa da casa. Aos 67’, um golo na própria baliza do irlandês Coleman voltou a colocar o Chelsea com uma vantagem de dois golos. A equipa de Liverpool respondeu dois minutos depois, com o escocês Naismith a apontar o segundo da sua equipa e a voltar a criar esperanças aos adeptos do Everton.

O ritmo louco no marcador não abrandou e o ex-benfiquista Matic colocou a contagem em 4-2 para o Chelsea, aos 74’. A formação da casa ainda teve força para reduzir mais uma vez a distância, através do camaronês Samuel Eto'o, que marcou à sua ex-equipa, mas já não resistiu ao golo do brasileiro Ramires, aos 77’. Um minuto após os 90’, Diego Costa selou a goleada.

United volta a desiludir
Já o Manchester United continua a desiludir, tal como na temporada passada. No terreno do recém-promovido Burnley, os “red devils” não foram além de um empate a zero bolas e continuam sem festejar um triunfo na competição, somando dois empates e uma derrota. E nem a estreia do argentino Di Maria, a mais cara contratação de sempre no futebol inglês (75 milhões de euros), conseguiu inverter a sorte da equipa liderada pelo holandês Van Gaal.

Mais um desaire, que surge no rescaldo da humilhação sofrida a meio da semana frente ao modesto MK Dons, do terceiro escalão, a contar para a Taça da Liga, que acabou com uma inesperada goleada por 4-0. Entre as duas partidas, o novo treinador do United mostrou uma confiança inabalável no seu trabalho e deixou promessas de melhores dias. “Nunca duvido de mim. Tenho a certeza que vou ter sucesso aqui, mas preciso de tempo”, explicou, justificando os maus resultados deste início de temporada com o facto de estar a construir “uma nova equipa”.

Para já os resultados são, no mínimo, desconcertantes, com o United a apontar apenas dois golos em quatro encontros, onde sofreu sete. E, frente ao Burnley (que já conquistou dois títulos ingleses nas temporadas de 1920-21 e 1959-60), Van Gaal fez alinhar um “onze” de gala, que incluía quase todos os trunfos com que pretende atacar a presente época, nomeadamente em termos atacantes: Wayne Rooney, Robin Van Persie, Juan Mata e Di Maria.

Se o United continua a marcar passo, terá tido a (fraca) consolação de ter visto o seu grande rival de Manchester fazer pior nesta jornada, ao perder em casa com o Stoke City, com um golo do senegalês Mame Biram Diouf.

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