Godinho Lopes diz que divulgaram “mentiras” sobre o seu mandato

O antigo presidente do Sporting diz prestou todas as informações sobre os contratos a Bruno de Carvalho e que o relatório e contas de 2012-13 é um atentado à sua "honestidade seriedade e responsabilidade".

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Godinho Lopes foi presidente do Sporting entre 2011 e 2013 Daniel Rocha

O ex-presidente do Sporting Godinho Lopes garante ter prestado ao seu sucessor, Bruno de Carvalho, toda a informação correcta sobre as contas do clube e contratos dos jogadores, afirmando que foram divulgadas “mentiras” sobre o seu mandato.

“Além de informação referente a várias áreas do clube, facultei [ao actual presidente] informação relativa a todos os jogadores, quer os contratados durante o meu mandato, quer os da formação”, afirma Godinho Lopes num comunicado enviado hoje às redacções pela sua assessoria de imprensa.

O ex-presidente especifica que na informação prestada consta o “valor da transferência e todos os custos relativos à mesma (clube, mecanismo de solidariedade, scouting, comissões, percentagem do passe do clube)”, bem como “valor das vendas, seus valores, parcerias e respectivos montantes e percentagens”.

Assim, considera Godinho Lopes, “toda a análise que possa ser feita hoje e a interpretação ou interpretações das informações prestadas, não podem, nem devem nunca invocar que houve falta de informação ou transmissão incorrecta”.

O comunicado de Godinho Lopes surge dias depois da divulgação do relatório e contas do Sporting relativo ao exercício da época 2012-13, no qual constam valores de transferências de vários jogadores substancialmente diferentes dos valores noticiados na altura das contratações. São os casos do brasileiro Elias, cujo valor foi de 11 e não 8 milhões de euros, ou de Labyad, anunciado como transferência de “custo zero”, mas que terá custado ao Sporting cerca de 3,5 milhões de euros.

O relatório e contas divulgado na noite de sexta-feira indica que a SAD do Sporting fechou o exercício de 2012-13 com um prejuízo de 43,8 milhões de euros (ME), ao mesmo tempo que o passivo da sociedade gestora do futebol “leonino” cresceu 38,8 ME, para 258,8 ME.

A anterior direcção terá gastado em contratações cerca de 48 milhões de euros, indicam igualmente as contas do clube.

Godinho Lopes recorda que assumiu um compromisso perante o novo presidente “de que só faria intervenções públicas” quando pusessem em causa a sua “honestidade, seriedade e responsabilidade relativamente a assuntos do Sporting Clube de Portugal”.

No entanto, o ex-presidente sublinha - sem nunca referir casos nem a ninguém em concreto - que tem permitido que passem em claro “informação e contra-informação falsa e atentatória” da sua dignidade, bem como “inverdades, mentiras e manifestas faltas de objectividade e rigor”.

O anterior líder do Sporting salienta que a SAD leonina “sempre prestou, com verdade e rigor, toda a informação exigida pela lei” e reitera também que nunca recebeu nem utilizou indevidamente quaisquer verbas do clube.

“Nunca usufruí, enganei ou utilizei quaisquer valores do Clube ou da Sporting SAD, nem tive quaisquer tipos de benefícios ou remunerações fruto das minhas funções de presidente”, adianta Godinho Lopes no comunicado.

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