Geração de Rafael Nadal ainda é a mais forte

Serena Williams e Karolina Pliskova seguem em frente no Open da Austrália.

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Reuters/THOMAS PETER

Experiência e resistência são duas qualidades que valem vitórias em torneios do Grand Slam. São igualmente dois substantivos que acompanham Rafael Nadal e não foi por sorte que o detentor de 14 títulos do Grand Slam saiu mais forte do difícil embate com Alexander Zverev, o teenager mais bem classificado no ranking mundial. Mas o alemão de 19 anos ainda não tem a endurance suficiente para estes duelos fisicamente mais exigentes e acabou por ceder ao fim de quatro horas. Para Nadal foi uma vitória duplamente importante, pois tinha perdido os dois últimos quintos sets que disputou.

“Obviamente que é um resultado importante para mim, pois perdi o último par de encontros em cinco sets. Estou muito feliz”, admitiu Nadal, depois de vencer o 24.º mundial, por 4-6, 6-3, 6-7 (5/7), 6-3 e 6-2. O alemão de 1,98m tinha tido um match-point quando os dois se defrontaram pela primeira vez, em Março do ano passado, e Nadal não estava tão confiante como agora.

A qualidade do ténis de Zverev, traduzida em 58 winners, permitiu-lhe liderar por 2-1 em sets. Só que, após o tie-break, o alemão começou de imediato a pagar o preço do esforço, os erros acumularam-se (74 no total) e Nadal tomou o ascendente do encontro. Zverev ainda recuperou um break no quinto set, mas cedeu novamente o serviço e acabou com notórias dificuldades físicas.

“Todos sabem como o Alexander é bom; é o futuro e também o presente do nosso desporto. Já é um dos melhores do mundo e pode ser ainda melhor. Pode vir a lutar pelos títulos mais importantes”, frisou Nadal, que vai ter como adversário nos oitavos-de-final outro “shot-maker”, Gael Monfils (6.º). O francês continua a desbravar caminho no quadro e, neste sábado, eliminou o alemão Philipp Kohlschreiber (32.º), por 6-3, 7-6 (7/1) e 6-4.

Em frente segue também Denis Istomin (119.º) que, depois de eliminar Novak Djokovic, voltou a vencer em cinco sets Pablo Carreño Busta (30.º), por 6-4, 4-6, 6-4, 4-6 e 6-2. O próximo adversário é o búlgaro Grigor Dimitrov (15.º), que ultrapassou Richard Gasquet (18.º), por 6-3, 6-2 e 6-4.

Os outros encontros dos "oitavos" da parte inferior do quadro irão opor Milos Raonic (3.º) a Roberto Bautista Agut (13.º) e Dominic Thiem (9.º) a David Goffin (11.º).

No torneio feminino, a grande sensação é Jennifer Brady, que acedeu pela primeira vez a um quadro principal do Grand Slam através do qualifying. A norte-americana de 21 anos e 116.ª no ranking WTA somou a terceira vitória no Open da Austrália, sobre a russa Elena Vesnina (18.ª), por 7-6 (7/4), 6-2, e vai agora defrontar a antiga menina prodígio Mirjana Lucic-Baroni, que não ganhava um encontro em Melbourne desde 1998. A croata, agora com 34 anos, volta a uma fase tão adiantada do Grand Slam, depois de ter sido semifinalista em Wimbledon, em 1999, ao eliminar a grega Maria Sakkari (94.ª), por 3-6, 6-2 e 6-3.

O quadro feminino ficou desfalcado de Dominika Cibulkova (6.ª) e de Caroline Woziacki (20.ª). Cibulkova, campeã do Masters do WTA Tour, em Novembro, ainda recuperou de 0-4 no segundo set, mas perdeu com a russa Ekaterina Makarova (34.ª), por 6-2, 6-7 (3/7) e 6-3. Já a antiga número um mundial foi dominada pela britânica Johanna Konta (9.ª), autora de 31 winners na vitória por 6-3, 6-1.

Serena Williams (2.ª) dominou (6-1, 6-3) Nicole Gibbs (92.ª) em 1h03m para ir defrontar Barbora Strycova (16.ª). Já Karolina Pliskova (5.ª) precisou de mais de duas horas e de recuperar de 2-5 no set decisivo para ultrapassar a letã Jelena Ostapenko (38.ª): 4-6, 6-0 e 10-8.

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