Garra de João Sousa leva-o às meias-finais em Metz

Número um português salvou quatro match-points para derrotar Mathieu, no dia em que Li Na pôs um ponto final na carreira.

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João Sousa está a fazer história para o ténis português no Open dos EUA Matthew Stockman/AFP

Por volta das 16 horas de sábado, João Sousa vai discutir o acesso à final do Moselle Open. Mas a tarefa de atingir a sua terceira final no ATP World Tour revela-se difícil, pois terá pela frente Gael Monfils, 18.º do ranking e a jogar perante os seus compatriotas. Mas quem viu a forma como Sousa derrotou nesta sexta-feira ooutro francês, Paul-Henri Mathieu, pode ter esperança.

Um primeiro set em que só se registou um break-point foi aproveitado por Mathieu logo no segundo jogo. O segundo set começou de forma inversa com Sousa a quebrar o adversário na primeira ocasião, o que lhe permitiu chegar a 3-0 com um jogo em branco.

Na partida decisiva, Sousa desperdiçou quatro break-points, dois em cada um dos dois primeiros jogos de serviço do francês. E foi Mathieu, na segunda oportunidade do sexto jogo, a quebrar o português. Sousa reduziu para 3-5 com um ás e o francês sentiu a responsabilidade de fechar rapidamente. Mas duas duplas-faltas ajudaram Sousa a quebrar no terceiro break-point. Depois do 5-5, Sousa teve de enfrentar um 5-6, 0-40. E ainda teria de salvar um quarto match-point antes de levar a decisão para o tie-break. Sousa ganhou vantagem ao obter um mini-break para servir a 5/ e fechou no primeiro match-point.

Monfils (18.º), que eliminou o polaco Jerzy Janowicz (40.º), por 6-3, 6-4, defrontou Sousa uma vez, em Fevereiro, em condições idênticas — piso duro, indoor e em França (no ATP 250 de Montpellier) —, tendo ganho em dois sets (6-3, 6-2). onfils é o último tenista local no torneio francês, já que David Goffin (45.º) derrotou Jo Wilfried Tsonga (11.º), por 1-6, 7-6 (7/5) e 7-5.

Ainda nesta sexta-feira, o circuito profissional ficou mais pobre com o anúncio do abandono de Li Na. A chinesa de 32 anos, a única campeã asiática de torneios do Grand Slam — Roland Garros, em 2011, e Open da Austrália, neste ano —, viu-se forçada a desistir da carreira devido a uma persistente lesão no joelho.

“A tarefa de, finalmente, tomar a decisão de pendurar as raquetas foi mais difícil do que ganhar sete encontros consecutivos sob o calor australiano. Levou-me alguns meses a chegar à decisão de que as minhas lesões crónicas nunca mais irão deixar-me ser a jogadora que posso ser. Depois de quatro cirurgias e centenas de injecções no meu joelho, o meu corpo pede-me para parar de dar saltos”, disse Li.

A melhor tenista asiática de sempre conquistou nove títulos, chegou a número dois do ranking e somou mais de 12 milhões de euros em prémios monetários. Mas os contratos de patrocínio e publicidade elevaram estes números: no início de 2014, a revista Forbes colocou-a no segundo lugar da lista de atletas mais bem pagas, com mais de 18 milhões de receitas anuais. Começar uma família com o marido (e pontualmente treinador) Jiang Shan deverá ser a nova prioridade de Li.

No sábado, no CIF, serão conhecidos os campeões nacionais de 2014. A final masculina do Campeonato Nacional Absoluto, Taça Guilherme Pinto Basto (não antes das 15h30), vai ser uma reedição da do ano passado, depois de Rui Machado ter ganho a Frederico Gil, por 6-2, 6-1, e João Domingues ter derrotado Frederico Silva, por 6-2, 7-5.

Vice-campeã em 2013, Bárbara Luz vai tentar conquistar o título feminino (15 horas), depois de afastar Rita Vilaça, por 7-5, 6-2. A outra finalista é Inês Murta, que eliminou Maria Tavares, por 7-5 e 6-4.

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