A ameaça tinha sido deixada a poucos dias do início do decisivo jogo entre o Gana e Portugal, de quinta-feira. Os jogadores daquele país africano avisavam de que poderiam não subir ao relvado caso o dinheiro que lhes tinha sido prometido como prémio de presença no Mundial 2014 não lhes chegasse. A resposta não demorou muito mais de 24 horas. Segundo a BBC, que cita o ministro do Desporto do Gana, maços de notas no total de 3 milhões de dólares (cerca de 2,2 milhões de euros) atravessaram o Atlântico de avião para que a ameaça não se cumprisse.

Em declarações reproduzidas pela estação de rádio Citi FM e citadas pela BBC, o ministro do Desporto ganês, Joseph Yamin, explicou a operação. "Os jogadores insistiram de que só jogariam se recebessem o dinheiro em numerário. O Governo teve, por isso, que obter o valor em causa e enviá-lo um voo fretado para o Brasil. Foram cerca de 3 milhões de dólares", referiu o governante.

A ameaça de uma possível falta ao encontro com Portugal levou o próprio Presidente da República, John Dramani Mahama, a garantir pessoalmente aos jogadores que receberiam o dinheiro em falta.

Num comunicado, a Federação Ganesa de Futebol declarou: "O Governo está a antecipar o pagamento dos prémios de participação aos black stars sendo depois reembolsado pela FIFA quando esta enviar o valor relativo à participação da selecção ganesa no Mundial 2014."

Tal como para Portugal, a partida de quinta-feira também é decisiva para o Gana, que está obrigado a vencer a selecção nacional se quiser seguir em frente. Um empate ou uma derrota significam a imediata eliminação dos africanos da prova, que necessitam ainda que no jogo entre os Estados Unidos e a Alemanha não se registe um empate.