Nove golos do Benfica a abrir 2013 servem de aperitivo para o FC Porto

Os "encarnados", com um golo e uma assistência de Nico Gaitán, venceram na Amoreira por 1-3 e vão chegar ao clássico, na próxima jornada da Liga, em vantagem.

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André Almeida e Lima, depois do segundo golo do Benfica José Manuel Ribeiro/Reuters

Será com uma vantagem de três pontos e muita confiança que o Benfica irá receber na próxima semana o FC Porto (que tem um jogo em atraso) para o campeonato. A equipa da Luz entrou bem no novo ano e, depois da goleada (6-0) ao Desportivo das Aves, para a Taça de Portugal, foi ontem ao campo do Estoril vencer por 3-1, a encerrar a 13.ª jornada da principal prova nacional. O Estoril só foi um problema na primeira metade e nos instantes finais, acabando por ser impotente para travar a veia finalizadora do adversário.

A boa exibição de Rodrigo frente ao Desportivo das Aves, com dois golos a abrir 2013, valeu-lhe a titularidade, ao lado de Cardozo, na frente de ataque. Gaitán também se manteve na equipa, relegando Ola John para o banco, enquanto no eixo da defesa Jardel recuperou de uma lesão e manteve a dupla com Garay. No lado direito, o castigado Maxi Pereira cedeu lugar ao jovem polivalente André Almeida, enquanto Melgarejo regressou ao “onze” no flanco oposto, assim como Matic, à frente deste quarteto mais recuado, com Enzo Pérez no apoio.

A poucos instantes do início da partida, ainda muitos adeptos benfiquistas procuravam um lugar no Estádio António Coimbra da Mota, junto das bilheteiras, mas a lotação já estava há muito esgotada. E foi mesmo alargada às varandas mais altas de alguns edifícios particulares que ladeiam o recinto. A boa temporada do Benfica, o recente empate que o Estoril impôs ao FC Porto, a encerrar 2012, para a Taça da Liga, e o facto de a equipa lisboeta não se deslocar à Amoreira desde 1994 contribuíram para a forte afluência de público.

A esmagadora maioria dos espectadores era do Benfica e terá dado o tempo por bem empregue, quanto mais não fosse para assistir ao grande golo de Nico Gaitán, apontado aos 37’. Um toque de calcanhar que deixou sem reacção o guarda-redes Vagner, possibilitando aos líderes do campeonato irem para o intervalo em vantagem do marcador.

Até aí, a partida fora sempre muito disputada, mas sem originar ocasiões claras de golo. Excepção feita para dois lances protagonizados por Óscar Cardozo (19’) e Melgarejo (36’). No primeiro, o avançado desperdiçou incrivelmente uma rápida transição atacante, atirando ao lado, com a baliza aberta, enquanto no segundo foi o guarda-redes estorilista quem adiou por mais um minuto o golo dos visitantes, desviando uma remate cruzado do lateral.

Dois dos raros lances que apanharam descompensada a equipa da casa, que realizou um bom primeiro tempo, apesar do golo de Gaitán. Com Gonçalo e João Coimbra como médios de cobertura, o jogo atacante do Estoril era dinamizado por Licá, Carlitos e Evandro, no apoio ao ponta-de-lança Luís Leal.

Em termos tácticos, uma das novidades do Benfica foi a chamada de Cardozo a cobrar cantos (e livres), no lado direito. Depois de algumas tentativas falhadas, o paraguaio correspondeu à aposta de Jorge Jesus, servindo na perfeição Gaitán para o golo inaugural.

Ainda antes de terminarem os primeiros 45’, Rodrigo teve uma grande ocasião para dilatar a vantagem, mas um defesa “canarinho” impediu o golo (41’), depois de a abola ter passado debaixo do corpo de Vagner. O espanhol do Benfica já não regressaria do balneário, para dar lugar a Lima.

Uma substituição que deu frutos logo aos 59’, com o brasileiro a apontar o segundo golo, num remate de primeira, a corresponder bem a um grande cruzamento de Gaitán. Um resultado que dava cor ao domínio total benfiquista no reatamento. Os lisboetas regressaram confiantes e autoritários, imprimindo mais ritmo e pressão sobre o adversário, que deixou de encontrar espaços para lançar contra-ataques perigosos.

Com a partida resolvida, o Benfica não abrandou, construindo inúmeras oportunidades de dilatar o marcador. Impotente, o Estoril ainda sofreu o terceiro golo, aos 66’, num grande remate de Salvio, que embateu na trave antes de transpor completamente a linha da baliza de Vagner. Nas bancadas, a festa ia sendo feita de encarnado. E não esmoreceu com a reacção tardia do Estoril, que apontou o golo de honra, aos 88’, por Gonçalo, depois de um erro clamoroso de Artur. 
 
 
 
 
 

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