Os clubes portugueses arrecadaram esta temporada um total de 241 milhões de euros na venda de futebolistas, de acordo com o Sistema de Registo de Transferências (TMS) da FIFA, a que a Lusa teve acesso.

No total, os clubes portugueses viram sair 322 jogadores em 2013/14 e ultrapassaram a fasquia dos 200 milhões de euros, número para o qual contribuíram fundamentalmente Benfica, FC Porto e Sporting.

O negócio João Moutinho/James Rodriguez com o Mónaco deixou 70 milhões de euros nos "cofres" do FC Porto, enquanto a transferência de Matic para o Chelsea, em Janeiro, rendeu ao Benfica cerca de 25 milhões de euros.
Também o Sporting teve uma importante contribuição com as vendas de Ricky van Wolfswinkel (Norwich) e Bruma (Galatasaray), ambos por 10 milhões de euros, e de Tiago Ilori (Liverpool), por 7,5 milhões.

A época 2013/14 foi mesmo a mais lucrativa do futebol português desde que a FIFA criou o TMS em 2010, com mais de o dobro do lucro de 2011/12, em que registou 119 milhões de euros. Em 2012/13, a venda de jogadores alcançou os 199 milhões de euros.

Quanto a contratações, o futebol português somou 320 transferências e gastou um total de 77 milhões de euros, com Benfica e FC Porto a serem responsáveis por mais de metade desse montante. Ao todo, o clube da Luz desembolsou 36 milhões de euros em reforços, com destaque para os 10 milhões de euros na aquisição do sérvio Lazar Markovic ao Partizan Belgrado, enquanto o FC Porto chegou aos 22 milhões de euros, tendo gasto 8 milhões apenas na contratação do mexicano Hector Herrera ao Pachuca.

O futebol português ultrapassou esta época os 48 milhões gastos em novos jogadores em 2012/13, mas em 2011/12 houve um maior investimento, tendo nessa altura chegado aos 90 milhões de euros.
Mesmo assim, os números do futebol português ficam longe dos principais campeonatos europeus, com Inglaterra a ser o país que mais gastou em contratações, tendo chegado aos 646 milhões de euros em novos jogadores.

Com menos de metade desse montante, a França aparece no segundo lugar da lista, com 291 milhões de euros, seguido de Itália, com 265 milhões, e Espanha que, mesmo com as contratações milionárias de Gareth Bale (Real Madrid) e Neymar (FC Barcelona), "só" gastou 246 milhões. A Alemanha fecha o "top 5" com 252 milhões de euros investidos na aquisição de futebolistas.