França deu a volta à Ucrânia, Fernando Santos e a Croácia também vão ao Brasil

Na zona de apuramento africana, o Gana e a Argélia juntaram-se à Costa do Marfim, à Nigéria e aos Camarões, que já estavam apurados.

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A França conseguiu apurar-se para o Brasil AFP

Tal como Portugal, a França, a Grécia, a Croácia, o Gana e a Argélia também garantiram o apuramento no play-off de qualificação para o Mundial 2014. O destaque, no entanto, vai para a recuperação francesa. A equipa comandada por Didier Deschamps afastou a Ucrânia com uma vitória, no Stade de France, por 3-0, dando a volta a uma desvantagem de dois golos, trazida de Kiev. Para Fernando Santos, a noite foi mais tranquila: a Grécia empatou na Roménia (1-1), segurando a almofada de dois golos alcançada em Atenas.

O fantasma de novo afastamento, vinte anos depois, da fase final da mais importante competição de países de futebol, assustou a França durante quatro dias, mas bastaram 34 minutos para os franceses respirarem de alívio. Após uma exibição medíocre na Ucrânia, que até podia ter resultado numa desvantagem superior a 0-2, Didier Deschamps mudou mais de metade da equipa e ganhou a aposta. Para além de alterar o desenho táctico (o 4x2x3x1 deu lugar ao 4x3x3), o seleccionador gaulês fez cinco alterações no "onze" e a França surgiu em Saint-Denis de cara lavada.

Com um futebol rápido, quase sempre ao primeiro toque, onde o pequeno Valbuena assumiu papel de protagonista, os franceses rapidamente encostaram às cordas os ucranianos, que não sofriam golos há oito partidas consecutivas. Foi, por isso, sempre surpresa que, aos 22’, Mamadou Sakho deu vantagem aos "bleus". Apenas seis minutos depois, Benzema voltou a colocar a bola no fundo da baliza de Pyatov, mas o árbitro eslovaco Damir Skomina, um dos protagonistas da partida pelas piores razões, anulou mal o golo ao avançado do Real Madrid. Outros seis minutos depois, os mesmos intervenientes, agora com um desfecho diferente: golo de Benzema em fora-de-jogo, Skomina aponta para o centro do relvado, os franceses empatam a eliminatória.

Alcançado o que parecia mais difícil, a França baixou o ritmo, mas no recomeço da segunda-parte a missão gaulesa ficou mais fácil. Em apenas dois minutos, o defesa ucraniano Khacheridi viu dois cartões amarelos das mãos de Skomina e o Brasil tornava-se cada vez mais uma miragem para o Ucrânia. Mas os adeptos franceses tiveram ainda que esperar até ao minuto 72 para iniciar a festa, altura em que Gusev marcou na própria baliza e confirmou o apuramento da França, o primeiro país a recuperar de uma desvantagem de dois golos num play-off de acesso ao Mundial.

Nos outros dois jogos entre selecções europeias, confirmou-se o favoritismo da Grécia e da Croácia. Em Bucareste, para não variar, Mitroglou deu vantagem aos gregos logo aos 23’, e a selecção de Fernando Santos, que tinha vencido em Atenas por 3-1, nunca perdeu o controlo da partida, mesmo após Vasilios Torosidis marcar na própria baliza no início da segunda parte. Para os croatas também não houve grandes sobressaltos, apesar de Mandzukic, que marcou aos 27’, ter sido expulso 11 minutos depois. Mesmo em superioridade numérica, a Islândia nunca mostrou competência para chegar ao Brasil e, dois minutos após o intervalo, Srna matou a eliminatória com novo golo, após o nulo na Islândia.

Na zona de apuramento africana, o Gana e a Argélia juntaram-se à Costa do Marfim, à Nigéria e aos Camarões, que já estavam apurados. No Cairo, o Egipto apenas conseguir vencer o Gana por 2-1, após ter sido goleado por 1-6, enquanto a Argelia, com o sportiguista Slimani a titular, teve que sofrer: triunfo em Argel por 1-0, após uma derrota por 2-3, no Burkina Faso.
 
 
 
 
 
 

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